sábado, 31 de agosto de 2013

Família: escola e santuário da fé

Família: escola e santuário da fé

 Cido, Fábio e Ronaldo
MFC- Equipe Base Sagrada Famíla


A família dever ser santuário da vida; local onde as pessoas possam partilhar suas alegrias e tristezas, seus desafios e conquistas, seus trabalhos e lutas. No entanto, percebemos que muitas famílias não vão bem porque há muita competitividade entre seus membros. No lugar da partilha, percebemos uma corrida na qual cada um quer ser o vencedor. Nesse percurso, muitos pais perdem a autoridade com seus filhos; perdem a noção de limites e, em muitos casos, os filhos querem mandar nos pais, o que gera conflitos, violência e até mortes. Nesse contexto, como transmitir uma fé que seja viva e eficaz? Através da família unida em oração, com gestos concretos de participação em grupos religiosos, acolhendo, de forma efetiva e afetiva  as novas gerações em suas dificuldades de acreditar no invisível. É preciso mostrar especialmente às crianças, adolescentes e jovens  a importância de viver em família e em comunidade de fé, por meio das celebrações, das  missas, dos  cultos, dos grupos de oração, etc., ou seja, em espaços que produzam resultados positivos do bem viver.
Especialmente nesse ano em que tivemos a Jornada Mundial da Juventude, somos convidados a acolher mais os nossos jovens, a fazer com que eles se sintam amados, pois eles são o futuro do nosso país. Somos também convocados a assumir a condição de discípulos  e discípulas missionários, a fazer visitas a outras famílias, a levar a palavra de Deus a todas as criaturas e fazer das nossas famílias verdadeiros santuários da vida humana. Acreditamos que a família deve ser um lugar onde os filhos possam aprender com os pais e os pais aprender com os filhos; onde possa reinar a paz, a harmonia e o amor que Cristo nos ensinou. Somos desafiados a ser testemunhas de fé e de família  para nossos filhos, esposo(a), amigos, parentes, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, enfim, a levarmos o amor a todos os ambientes.
Neste século, estamos nos distanciando uns dos outros e esse individualismo imposto pela cultura do virtualismo, do domínio da máquina sobre muitas pessoas, tem gerado uma cultura de morte. É preciso recuperar o verdadeiro sentido da vida e da família; rever a organização familiar como espaço de direitos, deveres e responsabilidades. É preciso retomar o sentido da família como  santuário de fé; como espaço de amor, de acolhida, de escuta, de aceitação, de perdão. De modo particular, temos em Rondonópolis vários  grupos de casais e de famílias tanto na Igreja católica quanto em outras igrejas, dentre eles, as equipes base do M.F.C. (Movimento Familiar Cristão)  que   realizam reflexões sobre o papel da família na sociedade por meio de grupos de convivência compostos de dez a quinze famílias que, quinzenalmente, se reúnem para refletir sobre suas práticas e, a partir das experiências partilhadas, melhorar seu relacionamento familiar.
A proposta é que a família contribua, cada dia mais,  na construção  de uma sociedade de  paz... E família aqui considerada num sentido abrangente, constituída por pessoas que convivem num mesmo espaço, que partilham sonhos e dificuldades. O que se propõe é que a paz que tanto almejamos, seja iniciada  em nossos lares, por meio de pequenos gestos, de palavras de incentivo, de troca de afetos, de companheirismo, de amor e da presença de Deus. E também é  preciso muita oração.  A experiência da oração em família é uma das mais belas atitudes que podemos cultivar, pois “a família que reza unida permanece unida e irradia luz ao seu redor”( Hora da Família/2004, p. 18). Precisamos espalhar luz num mundo que insiste em permanecer nas trevas, e só conseguiremos iluminar os outros se nós também estivermos repletos de amor. Façamos de nossas famílias santuários de fé para que o mundo possa perceber a presença de Deus em cada um de nós e assim construirmos relações mais fraternas e mais solidárias em nossa sociedade.


FAMÍLIAS E A TERNURA DO PAPA FRANCISCO

FAMÍLIAS E A TERNURA DO PAPA FRANCISCO

Laci Maria Araujo Alves
Paróquia Bom Pastor 

Nesses dias vivenciamos momentos que marcaram a vida de muitas pessoas: a presença do papa Francisco em terras brasileiras. Momentos de paz, de oração  e de muitos aprendizados especialmente sobre a prática do amor. O papa mostrou com sua forma simples de ser  que amar é muito mais do que estar com o outro: é acolher indistintamente a todos.
Amar enquanto exercício para a construção de um mundo mais fraterno, no entanto, implica em desestabilização, pois é preciso sair do comodismo, atravessar as fronteiras do egoísmo para experimentar a alegria do encontro. E foi a alegria do encontro que pudemos perceber durante a Jornada Mundial da Juventude. Jovens do mundo inteiro reunidos para um encontro com Jesus, por meio do papa Francisco. Para além das dificuldades que se apresentaram, decorrentes da presença de tantas pessoas em um mesmo espaço, foi possível notar que nada foi mais forte do que o desejo de “estar junto com o Papa”:  chuva, frio e até fome não desanimaram as pessoas e elas permaneceram juntas até o final... A presença viva de Jesus no meio daquela multidão pode ser sentida por todos os que acompanharam a jornada...
Assim deveria acontecer também em nossas famílias; no entanto, a cada dia percebemos que as pessoas estão se distanciando, envolvidas pelos instrumentos do capitalismo que muito rapidamente se modernizam e geram mais e mais escravidão. Quase que inconscientemente  novos equipamentos vão ocupando espaços cada vez maiores em nossas vidas e ditando novas normas que muitas vezes seguimos sem o menor questionamento. Em casa, por exemplo: quanto tempo gastamos por dia na internet e no celular e quanto tempo  dedicamos às pessoas com as quais convivemos? Temos dedicado tempo para orações, partilhas, abraço, diálogos?
É necessário rever as nossas práticas e reorganizar o nosso tempo. Dedicar mais tempo às pessoas e menos tempo para as coisas pode ser o caminho para recuperarmos relações afetivas e nos sentir mais felizes. Por mais difícil que seja a convivência familiar é na  família que encontramos forças para superar os problemas cotidianos e colaborar para a construção de uma sociedade melhor.
O papa Francisco lembrava nesses dias que é preciso investir na acolhida, pois não existe “mãe por correspondência”; mãe é aquela que  afaga, que  acolhe, que abraça, que ama...  Ao citar esse exemplo, o papa quis nos mostrar que todos nós somos chamados a agir como “mãe”,  a ir ao encontro do outro com amor e ternura como ele fez conosco em sua visita ao Brasil. Temos necessidade de nos sentir amados e acolhidos e nem sempre temos feito dos nossos lares um espaço de aconchego. Nessa Semana dedicada a reflexões sobre as famílias somos convidados a voltar nossos olhares e cuidados para nossas famílias, a recuperar a prática do abraço, do carinho, da amizade, do diálogo, enfim, a fazer dos nossos lares um espaço de ternura,  de paz e de encontro. O papa Francisco nos revelou nesses dias que a simplicidade, a humildade e a sabedoria são elementos imprescindíveis para que tenhamos um mundo mais solidário, mais justo e  mais fraterno e que o amor que reinou nessa jornada mundial da juventude pode reinar todos os dias em nossas famílias... Como dizia o papa João Paulo II: “Investir na família é construir o futuro”. Invista em gestos de amor e de ternura em sua família... Vale a pena!!! 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Família, fé e matrimônio

Família, fé e matrimônio

Ana, Juvanês e José  Nunes
MFC. Equipe Sagrada Família
                
Em 1994, no ano internacional da família, a CNBB lançava a Campanha da fraternidade com  tema: “A família como vai?”, pois naquele momento uma das maiores preocupações era justamente a falta de investimentos na formação de famílias cristãs. Passaram quase vinte anos e  a situação agravou-se muito mais... A imagem da família, como “célula básica da sociedade”;   espaço de convivência harmoniosa e de formação de valores; de experiência da solidariedade; de vivência do amor; de aprendizado da partilha, etc, está cada vez mais rara entre nós. Essa imagem da família tem sido, cotidianamente,  bombardeada pelasconstantes separações de casais, por desentendimentos entre pais/ filhos/ irmãos, pelo excessode trabalho, de preocupações, de consumo e de outros fatores que tem intensificado o individualismo nos lares.   
         Esse emaranhado de desencontros é ainda mais acentuado com o excesso de consumismo em nossas vidas e agravado com a dependência em relação ao uso  da televisão, da internet, do celular. Para além dos benefícios que esses meios de comunicação nos proporcionam, há aspectos que precisam ser considerados, para que saibamos utilizá-los sem prejuízo em nosso relacionamento familiar. Investimos tanto no individualismo que, em muitos lares, cada membro da família tem o seu notebook, o seu celular  e até a sua televisão... Nessa perspectiva, estamos sendo educados  para conviver com aparelhos e não com pessoas; estamos perdendo a dimensão humana e caminhando para um mundo virtual, de distanciamento e de competição no qual podemos exercer, com prepotência, o nosso egoísmo e  a nossa individualidade, nos afastando cada vez mais dos valores básicos para a formação de uma sociedade mais justa...
        No bojo dessas mudanças, também o matrimônio tem sido afetado. Diz um ditado popular que “amigado com fé, casado é”,  numa visão que distorce o real sentido do sacramento do matrimônio, pois este une duas pessoas no amor de Deus, diante de Deus e com a graça e a presença de Deus. Receber o sacramento do matrimônio é se colocar na condição de alguém que quer assumir, com responsabilidade, a formação de uma nova família onde exista fé, respeito, serenidade, partilha, aceitação, amor e perdão.
            Nesta Semana Nacional da Família, cremos ser oportuna uma reflexão sobre nossas próprias práticas e sobre o valor que atribuímos ao matrimônio e à família. Na Campanha da fraternidade de 1994, o padre Fábio Bento da Costa conclamava a todos para a aquisição  dos traços de uma família cristã : “convivência amorosa entre pais e filhos, exercício permanente de perdão,  diálogo na Verdade que liberta e educação dos filhos para a justiça e a paz”.  Será que estamos caminhando nessa direção? Ou ainda é muito difícil amar?  perdoar? Conviver? Muitas vezes, sabemos com detalhes, da vida dos artistas das novelas, dos atletas, dos cantores, etc, mas não sabemos quais são os reais sonhos de nossos filhos, do esposo, da esposa, de pessoas que até supomos amar, porque perdemos o hábito de falar sobre nós mesmos... Falamos de tantas coisas- trabalho, moda, clima, conhecimentos científicos, problemas da cidade, inflação, etc, etc, mas não falamos de nós mesmos... Estamos perdendo a capacidade de amar como alguém que se interessa pelo outro, que busca a felicidade do outro... Quantas vezes, oferecemos presentes e mais presentes aos filhos, esposa, esposo, etc, quando eles precisam apenas da nossa companhia, do nosso carinho; de se sentirem amados por nós...  É necessário fazer do nosso matrimônio e da nossa família um exemplo de amor, alicerçado na fé, no respeito com o outro, com os filhos e com amigos para que possamos contribuir na construção de relações mais humanas e mais fraternas.

Pais ausentes, filhos carentes

Pais ausentes, filhos carentes
Geraldo, Lindinalva e Olímpio Alvis
MFC- Equipe Sagrada Família

              
Atualmente, um dos grandes problemas enfrentados pelas famílias é o desencontro entre pais e filhos. É comum encontrar, em grande escala, principalmente nas cidades, lares em desarmonia devido à ausência dos pais. Em muitas famílias os filhos crescem sem orientação, sem afeto, sem formação religiosa, sem acompanhamento escolar, sem limites. Em muitos casos existem pais que nem mesmo se preocupam se o filho se alimentou; com quem saiu;  a que horas chegou; quanto tempo ficou em frente ao computador, ao celular ou à televisão. O resultado desse descaso quase sempre é desastroso, pois o que assistimos todos os dias é um verdadeiro extermínio de jovens como decorrência principalmente do uso e tráfico de drogas. Há um elevado número de jovens no mundo das drogas, da prostituição e da violência, e temos acompanhado casos extremos de violência contra os próprios pais.
  São muitas as causas que provocam destruições entre os jovens, mas acreditamos que a maior delas ainda é a ausência dos pais no que se refere à educação, ao acompanhamento, ao cuidado, aos limites e porque não dizer à falta de amor, pois “quem ama, cuida”. E cuidar exige atitude, postura, limites. Encontramos pais angustiados, com filhos envolvidos no alcoolismo, nas drogas e até na prostituição e com o discurso de que “deu tudo para os filhos  e os filhos jamais poderiam ter feito isso ou aquilo”, mas esquecem  que as coisas materiais jamais preenchem  o “vazio do amor”. Amor no sentido pleno:  “amor-doação” e não “amor-cobrança”; amor que dá a vida pelo outro; que “tudo crê, tudo desculpa, tudo espera, tudo perdoa”, como dizia São Paulo, na Carta aos Coríntios (13, 1-13).  Amor que vence a barreira do “eu” e se coloca na dimensão do “nós”, da família.
    De nada adianta querermos mudar o mundo se não mudarmos nossas atitudes diante dele; se continuarmos a educar nossos filhos para um consumismo desenfreado; se continuarmos oferecendo presentes no lugar de carinho; mesadas no lugar de presença. Como é que os jovens vão lutar por uma sociedade diferente, se não percebem em nosso comportamento nada que os convença? Dom Pedro Casaldáliga, bispo Emérito de São Félix do Araguaia, em  entrevista sobre sua luta contra o latifúndio, dizia: “aprendi com meus pais a ser sóbrio e essa sobriedade me dá forças para lutar contra o consumismo, contra essa lógica do capitalismo”.
     É preciso ousar, mudar, tentar uma reengenharia na família, afinal, é tempo de criatividade. É tempo de espalharmos sementes que possam germinar uma sociedade mais justa e mais solidária, o que, necessariamente passa por uma mudança em nossas famílias. Façamos desta Semana da Família um momento de revisão, de reflexão, de adoção de novas práticas.   E, por falar nisso, você já abraçou alguma pessoa de sua família, hoje?  
                   Acredite na sua família!!!              Lute por ela!!
           

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

9ª CAMINHADA DA FAMILIA


Fé e muita emoção reuniu mais de 1.500 fies na 9ª Caminhada da Família Com o tema: “Família: Espaço de convivência e da transmissão da fé” e com o lema: “Família: Santuário que acolhe e celebra a vida” realizou-se neste domingo dia 18 de agosto, com uma iniciativa do MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO e DIOCESE DE RONDONÓPOLIS, teve seu início às 17:00 horas na Praça dos Carreiros com acolhida, encenações, celebração de abertura em seguida iniciou a caminhada em direção ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida na  Igreja Nossa Senhora Aparecida onde às 19:00 horas foi celebrada a Santa Missa das Família presidida pelo Bispo Dom Juventino. Durante a celebração aconteceu as bênçãos das alianças e no final bênção das chaves da casas a caminhada simboliza a força e a importância que o papel da família exerce na sociedade.


“De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida”, afirma o Papa Francisco.
Neste tempo de mudanças profundas é preciso crer nos valores da família. Somos chamados a fazer a defesa da Instituição Família, como iniciativa de Deus e geradora de vida.
A caminhada da Família envolve todas pastorais, catequese, grupos de oração, grupos de jovens, movimentos e organismos. “Evangelizar e provocar a sensibilização nas pessoas sobre a importância que a família exerce em nossa sociedade acredito que seja a missão de todos os fiéis que fazem parte desta 9ª Caminhada da Família”.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
                                                                                                                                                                                Dom Fernando Arêas Rifan*  
   
       

Nesta semana, de 11 a 17 de agosto, com início no dia dos pais, celebramos a Semana Nacional da Família, cujo tema este ano é: “A transmissão e educação da fé cristã na família”.
        “A família é base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem pela primeira vez os valores que os guiarão durante toda a vida", dizia o saudoso Papa João Paulo II. “Na medida em que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé torna-se comunidade evangelizadora. A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia. Portanto no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados... Tal família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida” (Familiaris Consortio, 52). 
        O Papa Bento XVI nos ensinava que “esta é uma instituição insubstituível, segundo os planos de Deus, e cujo valor fundamental a Igreja não pode deixar de anunciar e promover, para que seja vivido sempre com sentido de responsabilidade e alegria”. 
        Em sua mensagem especial para esta semana, o Santo Padre o Papa Francisco encoraja “os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de serem os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, ‘é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos’ (Carta Enc. Lumem Fidei, 53). E o Papa volta a falar contra “a cultura do descartável”, hoje em voga, caminho para o aborto e para o desprezo dos idosos, lembrando aos pais que eles “são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo, pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida”.  
        Na JMJ, durante a oração do Angelus, no dia 26 de julho último, dia dos avós de Jesus, São Joaquim e Sant’Ana, o Papa Francisco já tinha lembrado a importância dos mais velhos: Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de Aparecida nos recorda: ‘Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a experiência e a sabedoria de suas vidas’ (DAp 447). Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado!”.             



                                                                                                   

domingo, 11 de agosto de 2013

SER PAI : UMA GRAÇA E UM DESAFIO

SER PAI : UMA GRAÇA E UM DESAFIO 
M.F.C.  Equipe Sagrada família
Paróquia Bom Pastor
            
Iniciamos hoje, no dia dos pais, a Semana Nacional da Família. É um momento especial para  refletirmos sobre os nossos relacionamentos familiares  diante de tantos desafios que surgem a cada dia. O tema deste ano é “Convivência familiar e transmissão da fé”, lembrando da responsabilidade da mãe e do pai no processo de formação dos seus filhos.  Padre Zezinho em uma de suas músicas destaca uma frase que mostra o lado divino de ser pai quando canta: “e que o homem carregue nos ombros a graça do Pai”. A graça enquanto dádiva de Deus que sublima a condição humana por meio da participação na obra da criação. Deus quis precisar do homem e da mulher para dar continuidade ao seu projeto de vida. Nesse sentido, ser pai é ser partícipe de um projeto divino.
        Por ocasião do dia dos pais, certamente muitos receberão um abraço dos seus filhos. Todavia, o abraço que aquece a chama do amor, que aproxima as pessoas e que nos faz sentir partes de um grupo está ficando cada vez mais escasso em muitos lares. Muitos filhos até se lembram de comprar presentes para os pais, porque a mídia intensifica as propagandas e faz ofertas tentadoras, mas pouco se preocupam com a vida, com os problemas, com os sonhos e desafios dos seus pais.
           No início deste século temos a  impressão  que a figura do pai  se tornou uma peça descartável, um acessório que pode ser substituído a qualquer momento, o que é perceptível na facilidade com a qual muitos homens e mulheres substituem seus parceiros e parceiras, sem a menor preocupação com os filhos.   Nesse quadro, o compromisso com os filhos fica relegado a um segundo plano.
        Parece que muitos filhos deixaram de significar “uma parte de nós mesmos” e passaram a ser vistos como um fardo. As relações desumanas deste mundo moderno têm promovido uma inversão de valores tão desenfreada, a ponto de muitos se esquecerem que os filhos são uma parte da nossa carne, do nosso sangue, do nosso DNA e, mais do que isso, uma continuidade dos nossos  sonhos e projetos. Bonito ver a figura de São José como modelo de pai: mesmo sabendo que não era o pai legítimo de Jesus, se colocou à disposição dos planos de Deus, abandonou  sua terra e foi fiel  até o fim. Acompanhar Jesus passou a ser o projeto de vida de São José. E nós, como vemos os nossos filhos? Como os acompanhamos?
         Gilberto Barros em uma de suas músicas fala da importância do amor dos pais em relação aos filhos e questiona: “ Você já abraçou seu filho hoje?/ Você já deu um beijo em sua testa?/ Antes que seja tarde/ lhe faça um carinho/ Corra e abrace forte o seu filhinho./ Há um olhar tão lindo de criança/ cheio de amor e de esperança/ está sempre ao seu lado e você nunca vê/ está muito ocupado para  perceber”. Essa pergunta  “você já abraçou seu filho hoje?” deveria ressoar todos os dias em nossas famílias para nos lembrar do compromisso de amor que deve estar presente nos lares.
      
O abraço permite que nos aproximemos uns dos outros e próximos,  tenhamos  a oportunidade de  sentir o cheiro do outro, a velocidade do batimento do coração, enfim,  sentir o que o outro sente. Por meio de um abraço é possível "descobrir"  coisas ocultas nos corações; conflitos que nem sempre conseguimos externar. Cientificamente, é provado que animais confinados em laboratórios e alimentados diariamente quando recebem carinho, se desenvolvem e crescem melhor, enquanto que os animais que só recebem alimento e nenhum carinho morrem muito mais cedo! E quantas vezes nos preocupamos mais em oferecer comida, roupas e escolas do que o carinho... Se é assim com animais irracionais, quanto mais com seres humanos! O abraço é capaz de mudar um relacionamento. Às vezes, não é preciso dizer nada...só um abraço e tudo passa, o rancor, a raiva, a repulsa.
        O abraço é o melhor remédio para qualquer enfermidade espiritual, psicológica e até física, enfim, como dizia o saudoso Pe. Léo:  “o abraço cura a maior parte  das doenças”.  Nesse dia dos pais, dê um abraço demorado em seu pai; não tenha vergonha de dizer a ele  do seu amor e da sua gratidão. Você que é pai: dê muitos abraços em seu filho; não espere que ele tome a iniciativa, porque às vezes ele não aprendeu ainda o valor do abraço... Diz um ditado mineiro que o segredo do abraço é que quando abraçamos alguém a energia do corpo é redobrada, porque naquele momento, o corpo e a alma passam a ser movidos por dois corações... E parodiando uma música do padre Zezinho: “que saibamos deixar um no outro uma saudade que faz bem / Abençoa, Senhor, todos os nossos pais, Amém”. Parabéns a todos os pais!!


POSSE ECCi - CAMPO GRANDE/MS

Foi com muita alegria e emoção tomados por todos os presentes na passagem de cargo de Coordenação de ECCi de Campo Grande - MS, pelo casal Milton e Catarina que fizeram um breve relato dos três anos que estiveram a frente da coordenação do ECCi com a composição da mesa de todos os membros de sua coordenação onde cada um fez um breve pronunciamento agradecendo o desempenho e toda dedicação ao Movimento Familiar Cristã de Campo Grande do casal Milton e Catarina, através de uma solenidade carinhosa com requintes de simplicidade, finalizando com muitos agradecimentos aos Casais pelas realizações da coordenação que hora se finda, mas sempre a disposição do Movimento Familiar Cristão.
Em Seguida se deu a posse da nova Equipe de Coordenação de Cidade de Campo Grande/MS, composta pelos Coordenadores Pedro Moreira dos Santos e Carlinda Pedroso Santos Moreira  Posse da Equipe de Coordenação de Estado do Mato Grosso do Sul ECE/MS: Coordenadores Pedro Moreira dos Santos e Carlinda Pedroso Santos Moreira  Posse do Conselho Diretor Regional Centro-Oeste – CONDIR CENTRO-OESTE: Coordenadores ADALBERTO DE JESUS  e SÔNIA REZENDE DE JESUS, as 18:00 realizou-se o Colegiado da cidade de Campo Grande sob a responsabilidade da Equipe base Renovação, e logo após o colegiado foi celebrado a Missa em Ação de Graças: ao Dia dos Pais, agradecimento aos Coordenadores da Gestão 2010/2013 e boas-vindas a Gestão 2013/2016 da ECCi de Campo Grande/MS, ECE/MS e Condir Centro-Oeste, sob a responsabilidade da Equipe Base Vida Nova.




sábado, 3 de agosto de 2013

O LEGADO DA JMJ

Os mais de três milhões de pessoas, sobretudo jovens, no magnífico cenário da praia de Copacabana, a presença carismática institucional e pessoal do Papa Francisco, suas palavras simples e diretas, a confraternização entre jovens de 180 nações presentes, o respeito das autoridades civis, a ordem, a paz, a ausência de ocorrências policiais, o clima religioso de oração, o entusiasmo, alegria da juventude e sua comoção até às lágrimas, a disponibilidade e abnegação dos 60 mil voluntários, o testemunho sincero dos estrangeiros, a afluência dos jovens brasileiros do Oiapoque ao Chuí, a calorosa acolhida feita aos visitantes, a presença de 800 Bispos e Cardeais, de milhares de padres, seminaristas e religiosas, as 900 catequeses dadas pelos Bispos nas diferentes Igrejas, as exposições, a belíssima e artística Via-Sacra, as Santas Missas, etc. ficarão para sempre gravadas no coração de todos, católicos ou não. Honra seja feita à Igreja Católica capaz dessa mobilização com tais características!
“Não sou católica, mas a passagem do Papa Francisco pelo Rio me comoveu. Mais que uma mensagem de fé e esperança, o Papa Francisco é um exemplo vivo de sabedoria, simplicidade e caridade. Sua Santidade fez um milagre: com seus 76 anos, contagiou todas as faixas etárias, todos os diferentes credos e nos possibilitou viver, em apenas sete das, a Sexta-Feira da Paixão de Cristo, a Páscoa, o Corpus Christi e o Natal. A Jornada Mundial da Juventude é a maior demonstração de esperança que Sua Santidade deposita, em especial no jovem, para um futuro melhor. Tenho 18 anos, e aí eu me enquadro”, escreveu uma leitora de Niterói (O Globo, 29/7/2013, pág. 13).
“Tanto a visita do Pontífice como a Jornada Mundial da Juventude deixaram lições também para ateus… Diferentemente das aglomerações públicas a que nos acostumamos no Brasil recente, aquela multidão, heterogênea na procedência e homogênea no estado de espírito, não intimidava, não desassossegava… O ímpeto inicial e a liga de cimento que mantinham a coluna de peregrinos unida na mesma trajetória era, inegavelmente, a fé cristã. Mas o impacto redentor da manifestação maciça de boa vontade não se restringia à alma católica: os descrentes não se sentiram deslocados no Rio nos dias em que a cidade foi o centro do catolicismo…” (Artigo de Berilo Vargas, jornalista; O Globo, 29/7/2013, pág. 4, artigo: “Sua Simpaticíssima Santidade: lições a ateus”).  
No lado material e financeiro, dados do Ministério do Turismo revelam que dois milhões de turistas estiveram no Rio durante a JMJ, movimentando R$1,2 bilhão na economia da cidade, um recorde de visitação no país, o que supera em muito os gastos investidos na Jornada. Além disso, segundo a mesma fonte, 93% dos turistas vindos de 170 países pretendem voltar para conhecer melhor o Rio: grande benefício para o turismo. Os seis mil jornalistas de mais de 70 países que cobriram a Jornada, levaram ao mundo inteiro, assim como os visitantes, o saudável impacto espiritual, religioso, artístico e ordeiro que o Rio de Janeiro lhes ofereceu.

Dom Fernando Arêas Rifan*