quinta-feira, 8 de maio de 2014

PROPOSTA RENOVAÇÃO PARA O MFC

UMA PROPOSTA DE RENOVAÇÃO PARA O MFC
Padre João Manu
Conselheiro Espiritual do MFC Nacional

Meus caros amigos,  com multo carinho, estou-me dirigindo a vocês por primeira vez neste meio de comunicação como Conselheiro Espiritual Nacional do MFC.
No CONDIR em São Luis - Ma, fiz uma proposta de Formação e de atuação nova para o MFC. Esta proposta foi votada e aprovada e será de novo apresentada no próximo SIN, (Inclusive me pediram de apresentar e fazer uma oficina sobre o tema). Explico-vos porque também foi apresentada e aprovada nestes dias no AGLA de Maracarbo (Assembléia Geral Latino Americana) na Venezuela.  Sendo que o tema para o próximo AGLA será: “A Família Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração". Esta foi uma proposta que o MFC do Brasil levou para esta Assembleia Latino americana do MFC e que como digo foi votada, aprovada e acolhida por Unanimidade por todos os presidentes da América Latina.
A proposta é: que o MFC no seu trabalhar a família com o objetivo geral de construir o Reino de Deus, se prepare para ser "Escola de Perdão, Reconciliação e Justiça Restaurativa não punitiva" além de "especialista" em cursos de preparação para os noivos.
Hoje tem já vários movimentos de Igreja que já fazem o trabalho de preparar noivos, porém num mundo tão conturbado e violento pouca gente trabalha a Paz, a Justiça, o Perdão, a Reconciliação e a Restauração das pessoas que erraram. O Papa Francisco não deixa de pedir que nos esforcemos em trabalhar pela Paz. O MFC deveria oferecer esses supostos conhecimentos para as paróquias, escolas, professores, associações de vizinhos, bairros, favelas, etc.
Proponho, portanto que o MFC ajude os casais, as famílias e as “micro e macro" sociedades a se perdoar e reconciliar, seguindo um método com dinâmicas próprias sócio educativas a fim de que as pessoas possam se libertar do ódio, e rancor e apreendam a se perdoar.
Lembremos meus queridos Irmãos que o 50% dos casamentos sacramentados católicos Já se desfizeram. Os assassinatos e a violência geram no nosso Brasil mais mortes que em qualquer pais em guerra declarada.
Sendo assim, urge que os movimentos de Igreja ajudemos na construção da Paz, na vivencia do Perdão da Reconciliação e no esforço por Restaurar as pessoas que mais precisam, e que foram atingidas peta violência ou promoveram a violência.
Por isso eu me propôs também a treinar monitores (pessoas do MFC ou não) nas diferentes cidades, e dar os subsídios necessários para assumir este novo trabalho tão necessário dentro da nossa sociedade e que toca no coração da Família, isto é o PERDÃO, a RECONCILIAÇÃO e a RESTAURAÇÃO da pessoa.
Conteúdos:
O curso tem uma duração de dois fins de semana ( 6F de tardinha-noite, Sábado e Domingo) , depois de 6 meses se voltaria para aprofundar com mais temas.
No nosso curso dedicaremos todos nossos esforços para promover a teoria e a pratica do Perdão, Reconciliação e Restauração como fundamento seguro para a transformação dos conflitos e das práticas violentas das pessoas e das comunidades. Tentaremos assim, contribuir para a construção de cultura de convivência e paz sustentável.
A violência social junto á violência armada nas nossas cidades semearam e continuam semeando raivas, rancores, desejos de vingança. Que devem ser compreendidos e tratados pelos diferentes saberes que se ocupam em imaginar mundos possíveis de convivência, solidariedade, justiça e paz; mundo onde o fato cotidiano de viver não doa tanto. O MFC é chamado a trabalhar a Paz, o Perdão e a Justiça Restaurativa também dentro das Famílias.
Este curso da Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração, é uma proposta de trabalho pessoal e comunitário onde os participantes, guiados por um Animador, aprendem a transformar raiva, rancor, ódio e desejo de vingança provocados por agressões recebidas, em novas sementes de convivência e progresso.
A experiência das escolas do Perdão e Reconciliação começaram na Alcadla de Bogotá, com o PE. Leonel Narvárez Gómez IMC durante o ano de 2002, como uma das dimensões do programa ECOBARRIOS (Ecobalrros), dirigido pelo departamento administrativo de ação comunal. Bogotá que era uma das cidades mais violentas do mundo, hoje em dia, ganhou vários prêmios da ONU e converteu-se numa das cidades mais seguras de América Latina. Se o MFC se tornar uma grande Escola de Perdão, Reconciliação e Restauração, será um Movimento renovado, construtor da Paz, não só nas famílias, mas também do seu Bairro, da sua cidade e do mundo.
Trataremos os seguintes pontos:
- A raiva e o rancor
- O perdão
- A compaixão
- Tipos de pactos para a reconciliação
- Os sete passos da vingança à reconciliação
- A construção da verdade e das punições
- A Justiça restaurativa e não punitiva

Estes temas serão aprofundados e vivenciados através de dinâmicas psíco-sociais.
Se vocês meus queridos MFCistas estiverem acorda, entrem em contato com seus coordenadores das cidades e Estados e a gente pode ver o que podemos fazer juntos e nos ajudar. Abraços e oremos para que o MFC seja realmente Promotor do perdão, da Reconciliação, da Restauração, da Justiça e da Paz. Abraços e orações que nos levem à ação.

MISSÃO DO CASAL CRISTÃO DE HOJE

A missão do Casal Cristão de Hoje

Atuação nº 161 Jan/Fev/Mar 2014 Pag 5
Movimento Familiar Cristão

“A ação apostólica dos fieis leigos consiste; antes de qualquer coisa, em tornar a família consciente da sua identidade de primeiro núcleo fundamental da sociedade".
“A família cristã é a primeira e mais básica comunidade eclesial. Nela se vivem e se transmitem os valores fundamentais da vida cristã. Ela se chama "Igreja Doméstica". Aí, os pais desempenham o papel de primeiros transmissores da fé a seus filhos, ensinando-lhes através do exemplo e da palavra, a serem verdadeiros discípulos missionários." (Documento de Aparecida 204).
Chamados ao matrimônio o casal cristão abraça livremente a vocação de seguir a Cristo e de se por ao serviço do reino de Deus todos os dons decorrentes da graça matrimonial. O matrimônio é para os cônjuges uma profissão de fé feita dentro da Igreja e com a Igreja, comunidade dos crentes. Esta profissão de fé exige o seu prolongamento no decurso da vida dos esposos e da família. No matrimônio Deus continua a chamá-los dentro dos fatos e através dos fatos, dos problemas, das dificuldades, dos acontecimentos da existência de todos os dias. A família cristã, sobretudo hoje, tem uma especial vocação para ser testemunha da aliança pascal de Cristo, mediante a irradiação da alegria do amor e da certeza da esperança; da qual deve tornar-se um reflexo.
A Igreja doméstica é chamada a ser um sinal luminoso da presença de Cristo e do seu amor neste mundo, mesmo para os "afastados", para as famílias que ainda não creem e para aquelas que já não vivem em coerência com a fé recebida: é chamada com o exemplo e com o testemunho a iluminar aqueles que procuram a verdade.
Escutemos o que disse Paulo VI: "A família, como a igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia.
"O ministério de evangelização e de catequese da Igreja doméstica deve permanecer em comunhão íntima e deve harmonizar-se responsavelmente com todos os serviços de evangelização e de catequese presentes e operantes na comunidade eclesial, quer diocesana quer paroquial." A Igreja por sua parte sabe que o futuro da humanidade e da própria Igreja passa através da família.
Situação e missão da família
"A salvação da pessoa humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Este bem estar por vezes está ameaçado pelo egoísmo, pelo hedonismo (tudo está condicionado ao prazer próprio) e por práticas ilícitas contra a geração. De resto, as condições econômicas, sócio-psicológicas e civis de hoje em dia acarretam não leves perturbações na família". As mudanças de conceitos, preconceitos; a globalização interfere cada vez mais na educação dos filhos. Muitas vezes com ideias alheias ao senso cristão.
A situação de degradação que se encontram varias famílias de hoje coloca em risco não só a saúde da igreja.(POR DEIXAR DE CUMPRIR SEU PAPEL PROFÉTICO), Mas também de toda a sociedade humana. A Igreja olha com preocupação e procura meios para sanar as adversidades que se levantam contra a família nos tempos atuais.
A V Conferência do Episcopado Latino Americano p Caribe, Traz como tema: "Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que Nele nossos povos tenham vida". "Eu sou o caminho, a verdade e a vida ". Jo 14,6 Vejamos o que diz:      Um pequeno fragmento do Documento de Aparecida. "Ser cristão não é uma carga, mas um dom."
A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra é nossa alegria. (Documento de Aparecida 28 e 29).
           


SER LUZ E SAL DO MUNDO

SER LUZ E SAL DO MUNDO

SENFOR -Secretario Nacional de Formação Pela SENFOR :
Galdino e Marisa


No centro de nossas preocupações e do MFC está a sociedade que atualmente sofre agressões de todos os lados dentro deste mundo globalizado. A pessoa humana precisa apreender a ter esperança em uma convivência mais harmoniosa e para que isto seja realizado é necessário, dentro de todos os acontecimentos que envolvem a sociedade, tentar colocar uma visão do Cristo, através do anúncio da Boa Nova. Esta convivência harmoniosa será possível na medida em que saibamos o que significa, para nós, sermos batizados e examinar até que ponto nos comprometemos com vivência do Evangelho e com os princípios do Movimento Familiar Cristão.
Dizem que muitas vezes nos inspiramos em modelos ou conforme diz o velho ditado: "nada se cria, tudo se copia", mas não podemos copiar modelos errados. Na obra missionária nosso modelo é Cristo. Todos estamos muito cientes de que se escolhermos um modelo diferente teremos um resultado desastroso, Gostaria de propor que olhemos para Jesus como o modelo missionário a ser imitado.
Como Igreja somos enviados a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:18 20). Este versículo mostra que é fundamental importar o padrão de Jesus para as nossas vidas e para a obra missionária, Mas como viver esse padrão em meio a uma sociedade consumista, hedonista e egocêntrica, dominada pelo mercado? Precisamos aprender a adotar o que é proposto nos Evangelhos, padrões muito diferentes dos propostos e promovidos pela sociedade (e talvez pelas igrejas) ao nosso redor. Para falarmos em missões, é preciso entendermos que isso pode trazer complicações para o nosso bolso e para o nosso conforto e quem sabe para a nossa família. Não é suficiente orar para que os nossos filhos se tornem missionários, é imperativo que sejamos modelos para eles. Como disse o apóstolo Paulo: "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus."
O Senhor Jesus utilizou-se de dois elementos comuns para mostrar a importância de ser cristão: no mundo: o sal e a luz. A ilustração do sal fala do nosso caráter; a luz fala da nossa presença no mundo. Observe que Cristo falou primeiro do sal da terra e depois da luz do mundo. Assim o caráter precede sua ação, Como entender está colocação de Jesus.
O Cristão como Sal da Terra
O sal é preservador: Ele conserva e preserva; daí ser figura da pureza. Sua cor alva também fala disso. Ele evita a deterioração. O sal produz sede: "É a multidão perguntando aos apóstolos: "Que faremos varões irmãos'?" (At 2.37), E o carcereiro de Filipos clamando: "Senhores! que é necessário que eu faça para me salvar?" (At 16.31). São as multidões à procura de Jesus (Mt ~.2S; 8,1; 12.15; 14,14). O cristão, como sal, cria sede espiritual nos outros, e, como luz, conduz as pessoas Àquele que é a fonte da salvação.
O sal é invisível quando em ação: O sal antes de ser aplicado é visível,  mas ao começar a agir, temperando, preservando, etc toma-se invisível. O sal age invisivelmente, mas sua ação é claramente sentida.
O Cristão como Luz do Mundo
Diferente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida. A ausência da luz permite que a escuridão prevaleça. Mas, quando a luz chega, as trevas desaparecem.
A luz não tem preconceitos: Ela tanto brilha sobre um criminoso como sobre uma criança inocente. Ela tanto brilha sobre um lamaçal, como sobre urna imaculada flor. Assim deve ser o cristão no desempenho de sua missão de luz no mundo, espalhando a luz do Evangelho de Cristo sobre todos os povos, raças, culturas e individuas, independente de idade, sexo, cor, religião, profissão e posição.
A luz precisa ser alimentada (vv. 15,16): A luz que iluminava as casas nos tempos de Jesus era de lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite. O tipo de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só: O azeite. O mesmo ocorre ao verdadeiro cristão. Ele depende sempre do óleo do Espírito Santo para difundir a luz de Cristo e a luz do Evangelho.
A luz não se mistura: Mesmo que ela ilumine lixo, sujeira, lamaçal, etc, ela não se contamina. Assim deve ser o critério: viver neste mundo tenebroso à difundir a luz de Cristo, sem se contaminar com o pecado e as obras infrutuosas das trevas, A importância vital desses dois símbolos pode ser observada pelos efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor (Mt 5.13). Se a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente (Mt 5.14), Como cristãos, devemos nos conscientizar que somos "sal da terra" e "luz do mundo" (Mt 5.13,14); bem como devemos nos comportar de modo íntegro, diante de Deus e dos homens, para que, através do nosso testemunho, Deus seja glorificado (Mt 5.16). Que Deus nos ajude na reflexão sobre esse assunto tão importante.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

MARIA, UMA MULHER COM PASSOS DECIDIDO

O mês de maio, trás como proposta a contemplação da Maria a Mãe de Jesus como modelo de fé e seguimento do Cristo. Toda sua vida foi uma peregrinação na esperança acreditando firmemente nas promessas de Deus. Torna-se exemplo de mulher que quer com passo decidido alcançar sua vocação humana e cristã, trilhando o caminho da entrega, do serviço e da total disponibilidade.

 De veras como apresenta o Papa Paulo VI na Encíclica Marialis Cultus, Maria é modelo de mulher forte, profetisa de Israel, que não vacila em anunciar no Magnificat a ação do Deus fiel que exalta os humildes e os pobres e deixa os ricos de mãos vazias. Ela não se submete aos clichês do seu tempo que obrigavam a mulher a passividade e ao conformismo, pelo contrário, no seu sim faz acontecer um processo de libertação continua a serviço do Reino de Deus.
“Maria é modelo de mulher forte, profetisa de Israel, que não vacila em anunciar no Magnificat a ação do Deus fiel que exalta os humildes e os pobres e deixa os ricos de mãos vazias”.
Ela vivenciou profundamente no acompanhamento de seu Filho, que a verdadeira realeza e senhorio consiste em praticar com fidelidade a vontade de Deus com humildade e colocando-se sempre como Jesus cingida para abraçar a bacia e a toalha, símbolos da doação e trabalho para o resgate dos irmãos. Um culto e uma espiritualidade mariana que não nos leva a conversão e a missão na comunidade, é certamente falsa e inautêntica uma vez que se afasta do caminho escolhido por Nossa Senhora para cumprir sua vocação.
A oração de Maria, cheia de silêncio amoroso e compassivo a aproximava do sofrimento e da dor de seus filhos prediletos, os pobres e necessitados como em Caná da Galiléia. Estar na Escola de Maria, é tornar-se cada vez mais desapegado, pequeno e humilde, indicando sempre a observância e a escuta da Palavra do seu Filho. Que aprendamos com Ela a estar ao pé da Cruz, oferecendo como sacrifício agradável a Deus, nossos projetos, desejos, e sentimentos, aceitando sempre o desígnio divino em nossa vida e missão. Que sejamos como Ela como afirmava São João Crisóstomo, barquinhos a vela dirigidos e conduzidos pelo vento impetuoso do Espirito Santo. Que neste mês consigamos crescer na mística de ser e viver como Maria, a aventura da fé, com ousadia e criatividade evangélicas, encarnando a Boa Nova do Ressuscitado em todos os ambientes e lugares. Deus seja louvado!

Dom Roberto Francisco Ferreria PazBispo de Campos (RJ)