sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

DRIBLANDO A VIOLÊNCIA FAMILIA

DRIBLANDO A VIOLÊNCIA  FAMÍLIAR   
                                           
  Darlene, Dirceu, Zélia, Willian, Débora,
                                            Geralda, Geraldo, Mateus e Ana Cláudia.
                                              Equipe MFC Sagrada Família


          Até pouco tempo, era inconcebível pensar na família enquanto espaço de violência. Por mais difíceis que fossem as relações familiares, havia a idéia de que a família  deveria estar unida para superar as dificuldades. No entanto, o modelo de família que se pautava no respeito, no compromisso e na obediência  hoje é por muitos criticado  e considerado ultrapassado.
        O jeito moderno de ser e de viver trouxe também muito isolamento e competição entre os membros da família, o que tem gerado diferentes formas de violência: moral, física, sexual, financeira, intelectual e até mesmo espiritual.  Todas essas formas de violência acabam provocando uma espécie de falência nos valores familiares e certo descrédito em relação à formação de novas famílias.
        Acompanhamos uma invasão de novos modelos familiares por meio dos meios de comunicação de massa baseados apenas no bem estar individual, de forma até irresponsável, pois não considera os desdobramentos dessa inversão de valores na formação de novas famílias. 
        Todavia, mesmo com dificuldades, as famílias devem se encorajar e mostrar o lado ético e cristão de se viver. Mostrar que é possível viver em família de um modo mais simples, sem muito consumismo e com mais liberdade para falar e ser ouvido, para ser visto como alguém importante, enfim, para que cada membro tenha seu lugar dentro da família.
       O que mais gera violência é a competição, a falta de amor e de respeito, mas nós acreditamos que é possível reverter essa situação, instituindo relações de amor  e paz em nossos lares. Para auxiliar nesse processo, existem vários grupos de casais que têm envidado esforços no sentido de fortalecer a união das famílias. Em uma das reuniões do MFC- Movimento Familiar Cristão, uma senhora partilhou que enquanto preparavam a casa para receber os membros do grupo, sua filha, de cinco anos de idade teria dito que sua família é uma equipe, pois cada um estava realizando uma tarefa para que toda a casa ficasse arrumada. Esse exemplo mostra um caminho possível para driblar as dificuldades e a violência: viver em equipe, onde cada um contribui para o sucesso do grupo; onde cada um tem sua parcela de colaboração e é reconhecido por isso.
         Vemos muitas pessoas torcendo com todas as suas forças pelo seu time de futebol. Deveríamos aprender a torcer do mesmo jeito, com o mesmo vigor,  para o sucesso de nossa família. Aprender a valorizar cada membro, com suas dificuldades e limites, mas com as suas qualidades e dons.
       É preciso lembrar que a educação dada pela família, os valores repassados  através dos padrões de ética, de moral e de religiosidade aos filhos  são  fundamentais  para sua formação, pois uma criança que cresce num ambiente familiar onde se respira o amor, onde se vivem relações de respeito, aprende a amar com  naturalidade. Que nossas atitudes possam mostrar à sociedade  que a família  pode e deve ser um espaço de amor, de partilha e de formação de cidadãos e cidadãs que acreditam na força do amor e colocam seus sonhos no coração de Deus.

VIRTUDE OU VICIOS: O QUE PREVALECE EM NOSSAS FAMILIAS?

VIRTUDES OU  VÍCIOS: O QUE PREVALECE
EM NOSSAS FAMÍLIAS?

Aparecido, Antônio, Elma, Francislaine,
                                              Valter,  Laci,  Lindinalva e  Cido
                     Equipe MFC Sagrada Família

   Virtude é uma palavra que quase não faz mais parte do nosso vocabulário. Infelizmente, vivemos numa cultura  pautada em perceber os erros e  as fraquezas e não as virtudes e qualidades das pessoas. É preocupante a forma como os programas de humor ironizam as falhas e as fragilidades humanas e acentuam a intolerância, especialmente entre os jovens.
        A adoção de vícios como fuga aos problemas cotidianos é uma prática cada vez mais presente nas famílias e uma série de fatores interfere nesse processo, desde questões físicas a desajustes emocionais e psicológicos.
        Ao analisar mais de perto essas questões, percebemos que  um aspecto parece ser muito forte nesse processo: a solidão, o abandono, a falta de limites. E porque aumenta tanto o número de viciados em nosso meio? Talvez pelo abandono e a solidão que muitas pessoas vivem dentro de suas próprias famílias, porque em muitos lares   as pessoas até ficam juntas, sob o mesmo teto, mas não estão juntas:  cada um está isolado em sua própria televisão; em seu próprio computador; ouvindo as “suas” músicas, enfim, cada um vai se isolando e inevitavelmente, isso gera solidão e reforça a adoção de vícios  para suprir as lacunas deixadas pela falta da presença do outro. E mesmo quando a pessoa já se encontra dominada por um vício, muitas vezes a família não consegue ajudar, porque acha que o viciado é sempre alguém “sem vergonha”, “irresponsável”, etc.
        Como é difícil considerar que o vício também é construído e, na maioria das vezes se torna  uma doença. O alcoolismo, por exemplo, que afeta tantos lares, quase sempre é visto como fruto da irresponsabilidade, mas o AA – grupo de Alcóolicos Anônimos mostra que este é uma doença e que precisa da ajuda de toda a família para ser superado. O mesmo acontece com as drogas e com tantos outros vícios. Poderíamos nos perguntar: quais vícios estão afetando as nossas famílias? E perguntar também: porque isso acontece em minha família?
          Nós, do MFC- Movimento Familiar Cristão  acreditamos que a família que reza unida, permanece unida e por isso mesmo nos reunimos periodicamente para estudar, para buscar forças na Palavra de Deus, para questionar nossas atitudes e práticas. Um dos questionamentos que sempre fazemos é:  como estão sendo as orações em minha família? Rezamos juntos? Comungamos as mesmas idéias? Partilhamos nossas dificuldades e alegrias? Valorizamos uns aos outros? Como tratamos nossos filhos? Temos convicção de que uma família é mais do que um aglomerado de pessoas; é uma união de pessoas que se amam e que se cuidam. Será que estamos cuidando uns dos outros? Ou cada um cuida de si mesmo e acaba se sentindo sozinho e abandonado.
        Participar de um grupo de convivência é um caminho para driblar a solidão e para partilhar angústias e sofrimentos que, via de regra, conduzem às drogas. Diz uma lenda chinesa que quando temos um problema devemos partilhá-lo com pelo menos  dez pessoas, porque cada vez mais ele vai diminuindo e aumenta o número de pessoas que poderão nos ajudar a resolvê-lo. Nós, do MFC- Movimento Familiar Cristão,  temos experimentado isso em nossas vidas e  convidamos você e sua família a participar conosco de uma das nossas equipes base.
Que tal dedicar parte do seu tempo para refletir e rezar por sua família?  Busque informações na secretaria da paróquia mais próxima de sua casa e participe conosco da maravilhosa experiência de fortalecer os laços familiares  junto com outras famílias que acreditam na construção de um mundo  mais fraterno a partir de lares edificados no amor de Deus e em relações de compreensão, solidariedade, amor e  partilha.