segunda-feira, 6 de maio de 2013

FAMÍLIA SANTUÁRIO DA VIDA


FAMÍLIA – SANTUÁRIO DA VIDA


Gilberto, Luciana, Gilson e Lindinalva
Equipe Base Sagrada Família
Rondonópolis - MT


Em nossa equipe base do MFC – Movimento Familiar Cristão - refletimos de modo especial sobre nossas famílias, com a finalidade de buscar caminhos para melhorar nossos relacionamentos familiares e assim contribuir para que tenhamos mais harmonia na sociedade. O bispo Dom Juventino Kestering (Diocese de Rondonóplis-MT), no subsídio “Construindo nossas ações pastorais – o santuário da vida – família, vocações e ministérios” ressalta que “a família tem uma missão na construção da sociedade e da solidariedade. Ela é a base da sociedade; é fundamento do projeto de Deus Pai”. Deste modo a família é também responsável pela formação inicial de todos nós, porque é o lugar onde aprendemos as primeiras lições de vida e onde temos a oportunidade de nos desvencilharmos de todas as máscaras e sermos “nós mesmos”.
A família deve ser santuário da vida; local onde as pessoas possam partilhar suas alegrias e tristezas, seus desafios e conquistas, seus trabalhos e lutas. No entanto, percebemos que muitas famílias não vão bem porque há muita competitividade entre seus membros. No lugar da partilha, percebemos uma corrida na qual cada um quer ser o vencedor.
Nesse percurso, muitos pais perdem a autoridade com seus filhos; perdem a noção de limites e, em muitos casos, os filhos querem mandar nos pais, o que gera conflitos, violência e até mortes.
Neste século, estamos nos distanciando uns dos outros e esse individualismo imposto pela cultura do virtualismo, da imposição da máquina sobre os homens e mulheres, tem gerado uma cultura de morte.
É preciso recuperar o verdadeiro sentido da vida e da família; rever a organização familiar como espaço de direitos, deveres e responsabilidades. É preciso retomar o sentido da família como espaço de amor, de acolhida, de escuta, de aceitação, de perdão. De modo particular, os grupos do M.F.C. – Movimento Familiar Cristão – em diversas cidades, têm realizado reflexões sobre o papel da família na sociedade por meio de grupos de convivência compostos de 10 à 15 famílias que, quinzenalmente se reúnem para refletir sobre suas praticas e, a partir das experiências partilhadas, melhorar seu relacionamento familiar. Em Rondonópolis temos mais de 15 grupos nas diferentes paróquias e estão abertos à todos.
Temos convicção de que podemos melhorar nossa família, nossa cidade, nosso país e o mundo se cada um  se comprometer com a proposta de Jesus: “Amar ao próximo como a si mesmo”. Por falar nisso, como está o seu relacionamento familiar? Quando a família vai bem, a sociedade fica mais equilibrada, pois acreditamos que a família é a base da sociedade e promotora da dignidade humana. Acredite na sua família! 

FAMÍLIA, ÉTICA E CIDADANIA


FAMÍLIA, ÉTICA E CIDADANIA

Dirceu, Elma, Juvanez, Terezinha e Olímpio.
                                                       Grupo M.F.C. Sagrada Família


        Diz um ditado popular que “quem leva uma agulha pode levar o agulheiro”, ou seja, é nas pequenas coisas que se revelam outras bem maiores. Atualmente percebemos uma perda gradativa de valores essenciais da vida, tais como: respeito, credibilidade, ética, honestidade, etc. que têm influenciado grandemente na desagregação familiar e no agravamento de problemas sociais.  Nesse processo, os meios de comunicação social e, particularmente, a internet, tem exercido grande influência na instituição de valores que nem sempre visam o bem estar das famílias. Muitas novelas, programas de televisão e programas virtuais tratam com tanta ênfase e naturalidade a separação de casais, o desrespeito entre pais e filhos, a gravidez precoce, o uso de drogas, o homossexualismo, a corrupção, etc, que essas distorções passam a ser vistas como normais e contribuem para a banalização de valores básicos ao ser humano e à própria vida.  

        O Papa Bento XVI destaca que a família constitui “o lugar primário da humanização da pessoa e da sociedade e o berço da vida e do amor”. Uma criança que se sente amada pelos pais, que possui um lar equilibrado, que sente paz em seu lar, certamente terá mais chances de ser um adulto compromissado e responsável, não apenas pela sua família, mas pela sociedade na qual se encontra inserido. Mesmo antes do aprendizado das palavras, o ser humano aprende com os gestos e olhares dos pais, com o carinho recebido, com o exemplo repassado; daí a importância de famílias bem constituídas, pautadas em valores éticos para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade.
        Há alguns dias, refletimos sobre uma mensagem que dizia que o Brasil vai mal porque há muitas pessoas que acham que levar um clips ou uma caneta do local de trabalho para casa é algo normal; acham que pegar um troco a mais e levar para casa é algo normal; acham que abusar do que é público, por ser público, é algo normal. Não aprenderam a discernir entre o público e o privado e lidam com as questões públicas com menosprezo e, ao mesmo tempo, com desrespeito.
        Preocupa-nos a forma como as novas tecnologias têm trabalhado os modos de pensar sobre os relacionamentos familiares, sociais, religiosos e culturais, pois dentro da proposta pós-modernista, os valores centrais da vida começam a ceder espaço às novas descobertas, a uma busca desenfreada pelo ter, pelo prazer e pelo poder. Resgatar valores éticos; o tratamento respeitoso entre pais e filhos; viver mais em comunidade são atitudes indispensáveis para a preservação e a valorização da família enquanto célula básica da sociedade.
         Temos clareza de que uma família não nasce pronta; ela é construída cotidianamente, e o melhor caminho para se atingir o equilíbrio  é manter a família alicerçada em valores éticos, morais e religiosos, cultivando o respeito mútuo e os limites dos deveres e dos direitos de cada um. O que percebemos é uma inversão do que seja o sentimento denominado de  AMOR.
       O que é o amor? Hoje se faz uma interpretação materialista desse sentimento, baseando-se, muitas vezes, numa relação de troca, o que o tem distanciado das coisas do espírito, de pequenos gestos que compõem as necessidades humanas mais elementares, como o abraço gratuito, o carinho despretensioso, o aperto de mãos... 
       A falta da educação familiar tem gerado uma série de transtornos que repercutem negativamente na sociedade: uso excessivo de drogas, prostituição, violência, abortos, mortes, desesperança. Não podemos perder de vista que a educação repassada pela família se estenderá pela sociedade. Uma criança ou jovem que aprende a amar e a respeitar seus semelhantes em seu lar, atuará com ética na sociedade e exercerá sua cidadania com responsabilidade.
        Acreditamos que a família é a esperança da humanidade; se cada um fizer a sua parte, como o beija-flor que tentava apagar o incêndio na floresta, teremos uma sociedade mais justa, mais humana e mais feliz.