terça-feira, 22 de outubro de 2013

DIA NACIONAL DA "FAMILIA"


DIA NACIONAL DA "FAMILIA"

No dia 21 de outubro, os brasileiros são convidados a realizar atividades e eventos em favor da evangelização da família. Trata-se do Dia Nacional de Valorização da Família, instituído no dia 17 de maio de 2012. A data tem o objetivo de promover a família como espaço privilegiado e insubstituível para que um homem e uma mulher possam, por meio do matrimônio, gerar e educar seus filhos. (cf. Carta às Família,10) no exercício da família cidadã.
Para o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Carlos Petrini, a data deve suscitar nas famílias o compromisso com a evangelização. “Desejo a todos os brasileiros e brasileiras que acreditam e amam a família que, neste Dia Nacional da Valorização da Família, tenham mais tempo e dedicação à própria família e continuem na evangelização por um mundo justo e fraterno”, disse.
Segundo o assessor da CEPVF, padre Wladimir Porreca, a data é uma oportunidade para que sejam realizadas ações em prol da família. “Sugerimos a todos que valorizem este dia por meio de instrumentos publicitários de propaganda com as insígnias católicas da diocese e/ou Pastoral Familiar e/ou da CNBB”, afirmou.
Para o assessor, “vale a pena divulgarmos este dia na perspectiva católica por meio dos meios de comunicação. E ainda divulgarmos o tema para o ano de 2014: A espiritualidade cristã na família. Espiritualidade cristã e família, casamento que deu certo”, recomenda.
Fonte: CNBB

PAPA FRANCISCO RECORDA QUE O DINHEIRO É IMPORTANTE PARA AJUDAR O PROXIMO

 PAPA FRANCISCO RECORDA QUE O DINHEIRO É IMPORTANTE PARA AJUDAR O PROXIMO
 Fonte: CNBB
A ganância, pensar só no dinheiro destrói as pessoas, destrói as famílias e as relações com os outros”. Foi o que disse o papa Francisco na missa da manhã desta segunda-feira, 21 de outubro, na capela da Casa Santa Marta. Comentando o Evangelho do dia, em que um homem pede a Jesus que ajude a resolver uma questão de herança com o seu irmão, o papa falou sobre a relação de cada pessoa com o dinheiro.
“Isso é um problema de todos os dias. Quantas famílias vemos destruídas pelo problema do dinheiro: irmão contra irmão; pai contra filho… E esta é a primeira consequência desse atitude de desejar dinheiro: destrói! Quando uma pessoa pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro destrói! É assim ou não? O dinheiro é necessário para levar avante coisas boas, projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa”.
Ao recordar a parábola do homem rico, Francisco explicou a advertência de Jesus de que devemos nos manter afastados da ambição. “É isso que faz mal: a ambição na minha relação com o dinheiro. Ter mais, mais e mais… Isso leva à idolatria, destrói a relação com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude que se chama ganância. Esta ganância também provoca doença… E no final – isso é o mais importante – a ambição é um instrumento da idolatria, porque vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, se fez pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o abaixar-se para servir. Ao contrário, a ambição nos leva para a estrada contrária: leva um pobre homem a fazer-se Deus pela vaidade. É a idolatria!”, disse o papa.




sábado, 19 de outubro de 2013

JOVENS, VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO: O QUE FAZER?


JOVENS, VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO: O QUE FAZER?

Equipe Franciscana  de Pastoral
Juvenil e Vocacional (EFPJV)
 
Nos últimos anos temos acompanhado fatos que nos chocam e nos levam a refletir sobre a formação dos jovens na sociedade contemporânea: assassinatos, brigas, drogas, prostituição, alcoolismo, terrorismo, enfim, diversas formas de violência que, por escalonamento, atingem milhares de famílias no Brasil e no mundo. De acordo com dados da UNESCO, em Mato Grosso o aumento no número de mortes de jovens com idade entre 15 e 24 anos  foi maior que o da população total, chegando a um índice de 144,7%.  De onde vem tanta violência?  O que é possível fazer para minimizar tal situação?

Difícil apresentar respostas a esses questionamentos, mas alguns aspectos merecem ser considerados, pois grande parte dos distúrbios apresentados por jovens estão intimamente relacionados ao seu processo de formação tanto no interior da família quanto na própria escola. Família desajustada certamente promoverá a formação de pessoas com problemas emocionais, psicológicos e afetivos. A falta de amor e de limites em grande parte dos lares aliada a desequilíbrios financeiros e morais tem provocado danos irreparáveis no processo de formação de crianças, adolescentes e jovens que passam a utilizar os vícios, as drogas e a violência como forma de preencher os “vazios da alma”. Vazio este que se torna cada vez maior, pois está sendo constantemente alimentado pela mídia que mostra o prazer material como única alternativa para a felicidade. O slogan é comprar sempre e ter cada vez mais, como se o consumo material, por si só, fosse capaz de proporcionar a felicidade plena. Contudo, ainda necessitamos uns dos outros; ainda carecemos de afeto, de carinho, de amor; ainda somos criaturas divinas, criadas para as “coisas do Alto”, como insistia o padre Léo. Somos criados pelo amor e para o Amor e não para a competição como determinam as relações de mercado.

       No entanto, o que temos acompanhado é justamente  o contrário: uma cultura de morte  na qual o capitalismo, como força avassaladora tem provocado uma destruição de valores, atingindo especialmente a família, considerada, por muito tempo,  como a célula básica da sociedade. Outros dois pilares na formação humana também estão sendo atingidos pela violência física e simbólica: a igreja e a escola, e como desdobramento desse processo, o mundo da empresa, da venda, do consumo e dos lucros tenta  assumir a direção da humanidade.  Nesse turbilhão, a violência passa a compor o cotidiano da sociedade. De acordo com a OMS- Organização Mundial da Saúde, quase 400.000 jovens de menos de 25 anos de idade  morrem em acidentes de trânsito a cada ano, e milhões são feridos ou tornam-se deficientes. É isso que queremos para os nossos jovens?  Pelos dados obtidos nas pesquisas realizadas em parceria entre o Observatório de Favelas, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Cuiabá ocupa a primeira posição entre as capitais do Centro-Oeste com o maior Índice de homicídios na Adolescência, com registros de que a cada mil adolescentes e jovens de 12 a 18 anos,  3,8  são assassinados e a maioria destes por questões ligadas ao uso e tráfico de drogas.

        Diante desse quadro e considerando que em  Rondonópolis no triênio de 2007 a 2010  houve mais mortes de jovens e adolescentes do que a Espanha inteira no mesmo período, é que a Missão Franciscana do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em união com os grupos de jovens e o Movimento de Cursilho da Paróquia Sagrado Coração de Jesus organizaram a marcha luminosa contra a violência e o extermínio de jovens, com o objetivo de motivar as pessoas a adotarem  uma cultura pela vida e pela paz e tentar despertar nas famílias o desejo pela  valorização dos jovens e pela implantação de uma cultura de paz.

        Entendemos que marchar pela vida é realizar o sonho de Deus que veio a este mundo “para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EM DEFESA DA FAMÍLIA E DA VIDA

EM DEFESA DA FAMÍLIA E DA VIDA

Luci Léa Lopes Martins Tesoro

Como salienta o Dr. Dalton Luís de Paula Ramos, Livre-Docente de Bioética na USP (Universidade de São Paulo) e membro correspondente da Pontifícia Academia para a Vida, "a mentalidade individualista, hedonista e utilitária têm influído no comportamento das pessoas, fazendo-as agir contra a vida e a família, nas atitudes do dia-a-dia."
A “cultura de morte”, presente na sociedade moderna, tem lutado ferozmente por reduzir a família a uma simples fachada, a uma espécie de residência de indivíduos autônomos, unidos por vagos sentimentos de afeto ou por uma geladeira bem repleta.
Na realidade, a mentalidade anti-vida, largamente divulgada pela mídia, faz as pessoas aceitarem o que não é natural, o que contraria suas convicções mais íntimas, por temer não contrariar uma opinião pública manipulada por concepções que apelam para falsas necessidades, falsas liberdades e falsas felicidades.
Mesmo que a mentalidade anti-vida, anti-gravidez, anti-matrimônio, anti-família seja divulgada e até imposta, os Movimentos em Defesa da Vida defendem  a dignidade da pessoa humana e a família - porque a família é indestrutível, é necessária, é a esperança da sociedade, é o futuro do mundo.
Uma das bandeiras de luta desses movimentos é a campanha contra a legalização do aborto. E aí fica um alerta: os defensores do aborto procuram cobrir sua natureza criminal mediante terminologia confusa ou evasiva, ocultando o assassinato com jargão como "interrupção da gravidez" ou sob conceitos como "direito de decidir" ou "direito à saúde reprodutiva". Nenhum destes artifícios da linguagem, entretanto, pode ocultar o fato de que o aborto é um infanticídio.
Sabe-se que, após a fecundação, a gestação da vida humana passa por diferentes momentos no ventre da mãe. Contudo, apesar de ser um único processo de crescimento, por razões de descrição científica, aquele pequeno serzinho, recebe alguns termos convencionais: ovo fertilizado, embrião, feto etc. Em uma mensagem retirada da página eletrônica Provida é possível refletir um pouco sobre esse processo. Destaca a mensagem:  “afinal, de onde veio você?  Você veio de um bebê humano? Não. Você era esse bebê.  Você veio de um feto humano? Não. Você era esse feto. Você veio de um ovo fecundado? Não. Você era esse ovo. Um ovo fecundado? Sim. Nessa ocasião você já era tudo o que é hoje. Nada mais apareceu no ovo fecundado que era você exceto a nutrição.
         No aborto o nascituro deixa de ser tratado como pessoa, sujeito de direitos, para ser tratado como coisa, objeto das manipulações - manobras ilícitas, fatos lesivos, até ao ponto de extinguir-lhe a vida, o primordial direito humano de vida. Renato de Azevedo escreveu uma poesia intitulada “Não soube do mundoque retrata o que significa um aborto:  “Era tão pequeno que ninguém o via. Dormia sereno enquanto crescia. Sem falar, pedia – porque era semente. Ver a luz do dia com o toda gente. Não tinha usurpado a sua morada. Não tinha pecado. Não fizera nada.  Foi sacrificado enquanto dormia,  esterilizado com toda a maestria.
Antes que a tivesse, taparam-lhe a boca - tratado, parece, qual bicho na toca. Não disse "Mamãe... Não sentiu um beijo.  Num breve segundo, foi neutralizado com toda a maestria. Com as alvas batas, máscaras de entrudo, técnicas exatas, mãos de especialistas negaram-lhe tudo ( o destino inteiro...)   - porque os abortistas nasceram primeiro.
Saiba que, mesmo o aborto sendo legalizado nos países ricos, não está trazendo benefícios à sociedade. Com a legalização têm-se aumentado a gravidez entre os jovens sem compromisso. As clínicas abortam com até seis meses de gestação. Vemos uma juventude com mais liberdade, mas que se droga mais e se suicida mais.
Unamo-nos, pois, aos Movimentos de Defesa da Vida, porque defender a família é defender a vida desde o ventre materno até a morte natural. Essa responsabilidade pesa sobre todos nós, principalmente sobre os “legisladores, governantes e profissionais da saúde, conscientes da dignidade da vida humana e do fundamento da família em nossos povos, os defendam e protejam dos crimes abomináveis do aborto e da eutanásia” (Documento de Aparecida 436).
E hoje,  mais do que tudo, não deixe que a mentalidade anti-vida, largamente divulgada pela mídia o contamine. Ao contrário: ame, ame muito, ame sempre, e não deixe que a acomodação, o egoísmo, o isolamento, ou a desculpa pela falta de tempo destruam você e a sua família.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

SUA FAMÍLIA, SUA VIDA

SUA FAMÍLIA, SUA VIDA
Cido, Darlene, Dirceu e Laci
                                                        Equipe Base MFC Sagrada Família
        
Por mais que aumentem os problemas familiares, há famílias que vivem bem e comemoram bodas de prata, de ouro e de diamantes. Certamente estas trazem em sua bagagem muitas coisas boas, tais como: amor, respeito, amizade, compreensão, diálogo e muita paciência.  Normalmente os casais que conseguem viver o sacramento do matrimônio por muitos anos, alicerçam sua vida em valores que receberam dos seus pais e da Igreja, independente do credo religioso.
        Pessoas que assumem a família como um  tesouro, zelam com muito cuidado  para que nada destrua os laços familiares e, via de regra, muito contribuem na construção de uma sociedade mais equilibrada. Por mais que se tente mudar a concepção de família, esta continua sendo a célula básica da sociedade, onde somos formados e nos preparamos para o exercício da cidadania. De acordo com o documento Centesimus Annus, n. 39,  “a  família constitui a sede da cultura da vida”, onde são tecidos os princípios elementares do ser humano, desde o andar, o falar, o comer até o difícil aprendizado do amar e ser amado.
         Infelizmente, as novas gerações têm enfrentado muitos desafios porque já crescem recebendo informações contrárias aos valores da família. Os casamentos são apresentados nos meios de comunicação como um negócio que pode ser feito e desfeito a qualquer momento, banalizando a essência do matrimônio que é o compromisso de formação de uma família que, por sua vez, tecerá o imenso tecido social e o futuro de novas gerações.
            Porque temos tantos problemas? Porque muitas famílias não têm tido forças suficientes para superar as dificuldades de relacionamento e não se preocupam com a formação dos filhos que, por falta de amor e de acolhida em sua casa,  buscam nas drogas e nos vícios preencher o vazio da alma. Muitos pais se preocupam em comprar presentes, aparelhos celular, computadores, jogos e filmes até violentos para seus filhos e se esquecem de mostrar o seu amor a eles; de levá-los para a igreja para experimentarem o amor de Deus e buscar um caminho que realmente conduza ao equilíbrio e à p az.
          A educação que muitos pais oferecem hoje aos seus filhos foge totalmente aos princípios de uma educação cristã, pois há uma excessiva preocupação na oferta de bens materiais e  falta muito o diálogo, a brincadeira com os filhos, o bate papo informal, o sentar-se junto e perguntar: filho, como você está? O que você está pensando? O que vamos fazer agora? Falta o abraço demorado, o carinho desinteressado, a partilha de projetos na família. Falta a valorização de cada membro da família. 
         Na medida em que a modernidade vai entrando nas casas, parece que Deus vai sendo expulso. Falta tempo para Deus e para nós mesmos. Você já reparou quanto tempo cada pessoa  de sua casa fica na frente do computador e da televisão? E quanto tempo vocês ficam conversando ou rezando? Trocamos a amizade com nossos familiares e com Deus por supostas relações na internet com pessoas que sequer conhecemos e que muitas vezes causam decepções e problemas. Acompanhamos a separação de muitos casais e a desolação de filhos que, ao perderem a estrutura familiar perdem o que lhes é mais precioso: a presença do pai e da mãe. É urgente investirmos no fortalecimento das famílias como forma de manter a paz nos lares e na sociedade.

         Como canta a banda Anjos de Resgate, a sua família é a sua vida: “Percebe e entende que os melhores amigos/ São aqueles que estão em casa esperando por ti/ Acredita, nos momentos mais difíceis da vida/ Eles sempre estarão por perto/ Pois só sabem te amar/E se por acaso a dor chegar/ Ao teu lado vão estar/ Pra te acolher e te amparar/ Pois não há nada como um lar/ Tua família volta pra ela/ Tua família te ama e te espera/ Para ao teu lado sempre estar/ Tua família!”.

FAMÍLIAS, O MUNDO E O EVANGELHO

FAMÍLIAS,  O MUNDO E O EVANGELHO
Cido, Dirceu, Flávio e Suely.
                                                        Equipe Base MFC Sagrada Família


Quando paramos para refletir sobre as famílias, nos deparamos com mudanças tão aceleradas que nos causam espanto. Há menos de trinta anos, a família era vista como um dos pilares da sociedade na sua constituição de pai, mãe e filhos. Depois começaram a surgir mulheres com barrigas de aluguel, mulheres com produção independente de filhos, inseminações de toda natureza, pais que não assumem seus filhos, famílias formadas por pessoas do mesmo sexo, enfim, uma série de mudanças que têm provocado uma inversão nos valores da família.
Nas décadas de 70 e 80 predominavam brincadeiras coletivas tais como: jogar peteca, andar de bicicleta e de carrinho rolimã, fazer piqueniques na beira dos rios (rios de águas limpas), ouvir música nas radiolas, passear na praça, etc. Formas de lazer que tinham local e horário estabelecido, mas que eram suficientes para que adolescentes e jovens se sentissem felizes. A maioria das famílias tinha um discurso de autoridade que era reforçado pela escola, por meio das aulas de Educação moral e cívica;  Organização social e política do Brasil e Ensino religioso, o que auxiliava na formação de princípios sociais e morais e no respeito na relação entre as pessoas.
Contudo, no prenúncio do novo milênio, uma corrida tecnológica acelerada mostrou a inversão de valores proposta e imposta pelo capitalismo, numa fase que se assemelha à barbárie: o individualismo, a insegurança, o desamor, a incredulidade, a desobediência e um consumismo sem precedentes. Devido a esses fatores, num mundo em que poucos se tornam cada vez mais ricos e muitos cada vez mais pobres, o medo do espaço público está cada vez mais intenso.
Para fugir do perigo das ruas,  estamos confinando e alienando nossos filhos no espaço do lar, numa  super proteção que nós mesmos não concordamos, pois ao ficar em casa, os filhos se limitam aos jogos de vídeo games ( na maioria violentos); aos programas de televisão ( que muitas vezes deseducam); a navegar na internet ( que não conhecemos ao certo seus limites, posto que veicula todo tipo de informação e até incita à violência, à pedofilia, ao uso de drogas, à prostituição,etc),  enfim, acabam ficando expostos a uma cultura de morte e de desamor que gera tanto perigo quanto o de estar na rua.
Numa outra dimensão temos a proposta de uma vida de amor, de harmonia e  de paz, veiculada também pela mídia em vários canais e por várias igrejas com diferentes denominações religiosas. É uma proposta talvez menos atraente, num primeiro momento, mas que gera frutos maravilhosos e duradouros e acima de tudo, as pessoas aprendem a viver em família. E o que é viver em família? Acreditamos que família não é apenas um grupo de pessoas que vivem em determinado espaço, mas um grupo de pessoas que fazem de um espaço um ambiente de partilha, de amor e de amizade, no qual cada um se preocupa com a felicidade do outro.
O saudoso Padre Miguel Ortiz dizia nos casamentos que cada um deve se casar não para ser feliz, mas para fazer o outro feliz e temos testemunhado isso em muitos lares. Talvez o maior problema hoje é que muitas pessoas pensam apenas em si mesmas, em sua felicidade e assim não conseguem nem ser felizes, nem possibilitar que os outros o sejam.
Diz uma parábola chinesa que o céu é como um monte de arroz rodeado por muitas pessoas, cada uma com palitos de dois metros de comprimento. Como percebem que não conseguirão alimentar-se sozinhas, cada uma coloca o arroz na boca de outra pessoa e assim todos ficam saciados. O inferno é também como um monte de arroz rodeado de pessoas famintas, com palitos de dois metros de comprimento, mas numa atitude egoísta, cada uma tenta trazer o arroz para a sua própria boca. O mesmo acontece em muitos lares... Cada um querendo ser feliz do seu jeito, sem respeitar e sem se importar com os outros.

Nós do Movimento Familiar Cristão temos certeza de que o caminho para uma vida tranqüila, com paz e harmonia, só é possível quando vivenciamos os valores do Evangelho e caminhamos em sintonia com Jesus e com as pessoas que nos cercam. É caminhar com os pés no chão e o coração no coração do irmão...