QUAL VOZ QUE VOCÊ OUVE NA
EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS?
Darlene, Luciana,
Rogério e Rosana.
Equipe Base MFC Sagrada Família
Um dos grandes desafios deste século se
relaciona à educação dos filhos e à vivência familiar, pois somos interpelados
a todo momento por uma série de vozes que insistem em nos
mostrar o caminho da felicidade: a televisão com seus inúmeros programas e
propagandas; a internet com as mais variadas mensagens e informações; os outdoours com apelos
cotidianos, o telefone celular com inúmeras mensagens enfim, uma gama de
informações coloridas, atraentes e que mostram o prazer como meta a ser
atingida. Por outro lado, temos a proposta de Jesus, pautada no amor, no
respeito, na doação, no perdão, no bem comum. Qual dessas vozes ouvimos na
educação dos nossos filhos e em nossa vivência familiar?
A decisão é de cada um de nós, como
destaca um antigo canto: “se ouvires a voz
de Deus/ chamando sem cessar/ se ouvires a voz do mundo/ querendo te enganar/ a
decisão é tua”. Precisamos avaliar o tipo de sociedade que estamos
formando, pois é a partir de nossos lares que teremos os dirigentes de amanhã.
Nos pequeninos gestos revelamos nosso caráter e a nossa postura.
Quando ouvimos a voz do mundo,
aprendemos por meio de brincadeiras e piadas a reforçar a discriminação em suas
várias formas. Quando ouvimos a voz de
Deus aprendemos que somos todos iguais e
não devemos julgar, pois da mesma forma que julgarmos seremos julgados. Ainda
nessa mesma direção, Jesus nos alerta que só poderá atirar pedras aquele que
não tiver errado. A decisão é nossa.
No que se refere à formação de
valores, a televisão tem exibido programas que premiam aqueles que mais mentem,
mais enganam, mais se expõem sexualmente, mais se vendem por dinheiro. Quanto
do seu tempo e do tempo dos seus filhos
tem sido dedicado a tais programas? São verdadeiros momentos de aprendizado
para a construção de uma sociedade alienada e alienadora, na qual as pessoas
são tratadas como objetos e expostas ao ridículo. O mais grave é que milhares
de pessoas participam dos “paredões” que rendem milhões aos organizadores em
detrimento da dignidade humana. Por outro lado, há a voz de Deus a interpelar
que nosso corpo é sagrado; é templo do Espírito Santo, ou seja, deve ser
respeitado, amado e cuidado como algo divino, criado para a eternidade. Quanto
do nosso tempo é dedicado às coisas de Deus? A decisão é nossa...
A cada dia se intensifica a
cultura do individualismo, da falta de compromisso social, da transferência de
responsabilidade da educação dos filhos para a escola, para os avós ou babás e
um distanciamento dos valores básicos na formação humana. Em muitos lares reina
a desarmonia, a falta de diálogo, o desrespeito, o desamor e, por conseqüência,
há tantos casos de drogas, de vícios, de casamentos mal começados, etc. O que
estamos fazendo para melhorar esse quadro? A decisão é de cada um de nós...
Depende da voz que ouvimos na condução de nossas vidas.
Via de regra, quando ousamos realizar
uma atividade importante, fazemos um bom planejamento, discutimos, procuramos
os melhores caminhos para que tudo dê certo. Contudo, em relação à família,
cada vez mais predomina o improviso, a falta de preparo na constituição dos
lares, a falta de compromisso em relação ao matrimônio e muitas vezes nem
avaliamos como está a nossa convivência familiar.
Por outro lado, vemos famílias que
ouvem a voz de Deus e se respeitam, que se destacam pelo exemplo de amor e de
partilha, que assumem o compromisso da vida em família, apesar dos constantes
desafios da vida moderna; que acreditam nas palavras de Jesus: “Eu sou o
caminho, a verdade e a vida” (Jo. 14,6). A experiência de caminhar com Jesus
nos mostra a possibilidade de vida plena e harmoniosa. Basta acompanhar a vida
daqueles que se dedicam ao reino de Deus, nas mais diferentes denominações
religiosas, para perceber que a voz de
Deus sempre nos conduzirá a lugares seguros... Faça a experiência...