quinta-feira, 17 de outubro de 2013

EM DEFESA DA FAMÍLIA E DA VIDA

EM DEFESA DA FAMÍLIA E DA VIDA

Luci Léa Lopes Martins Tesoro

Como salienta o Dr. Dalton Luís de Paula Ramos, Livre-Docente de Bioética na USP (Universidade de São Paulo) e membro correspondente da Pontifícia Academia para a Vida, "a mentalidade individualista, hedonista e utilitária têm influído no comportamento das pessoas, fazendo-as agir contra a vida e a família, nas atitudes do dia-a-dia."
A “cultura de morte”, presente na sociedade moderna, tem lutado ferozmente por reduzir a família a uma simples fachada, a uma espécie de residência de indivíduos autônomos, unidos por vagos sentimentos de afeto ou por uma geladeira bem repleta.
Na realidade, a mentalidade anti-vida, largamente divulgada pela mídia, faz as pessoas aceitarem o que não é natural, o que contraria suas convicções mais íntimas, por temer não contrariar uma opinião pública manipulada por concepções que apelam para falsas necessidades, falsas liberdades e falsas felicidades.
Mesmo que a mentalidade anti-vida, anti-gravidez, anti-matrimônio, anti-família seja divulgada e até imposta, os Movimentos em Defesa da Vida defendem  a dignidade da pessoa humana e a família - porque a família é indestrutível, é necessária, é a esperança da sociedade, é o futuro do mundo.
Uma das bandeiras de luta desses movimentos é a campanha contra a legalização do aborto. E aí fica um alerta: os defensores do aborto procuram cobrir sua natureza criminal mediante terminologia confusa ou evasiva, ocultando o assassinato com jargão como "interrupção da gravidez" ou sob conceitos como "direito de decidir" ou "direito à saúde reprodutiva". Nenhum destes artifícios da linguagem, entretanto, pode ocultar o fato de que o aborto é um infanticídio.
Sabe-se que, após a fecundação, a gestação da vida humana passa por diferentes momentos no ventre da mãe. Contudo, apesar de ser um único processo de crescimento, por razões de descrição científica, aquele pequeno serzinho, recebe alguns termos convencionais: ovo fertilizado, embrião, feto etc. Em uma mensagem retirada da página eletrônica Provida é possível refletir um pouco sobre esse processo. Destaca a mensagem:  “afinal, de onde veio você?  Você veio de um bebê humano? Não. Você era esse bebê.  Você veio de um feto humano? Não. Você era esse feto. Você veio de um ovo fecundado? Não. Você era esse ovo. Um ovo fecundado? Sim. Nessa ocasião você já era tudo o que é hoje. Nada mais apareceu no ovo fecundado que era você exceto a nutrição.
         No aborto o nascituro deixa de ser tratado como pessoa, sujeito de direitos, para ser tratado como coisa, objeto das manipulações - manobras ilícitas, fatos lesivos, até ao ponto de extinguir-lhe a vida, o primordial direito humano de vida. Renato de Azevedo escreveu uma poesia intitulada “Não soube do mundoque retrata o que significa um aborto:  “Era tão pequeno que ninguém o via. Dormia sereno enquanto crescia. Sem falar, pedia – porque era semente. Ver a luz do dia com o toda gente. Não tinha usurpado a sua morada. Não tinha pecado. Não fizera nada.  Foi sacrificado enquanto dormia,  esterilizado com toda a maestria.
Antes que a tivesse, taparam-lhe a boca - tratado, parece, qual bicho na toca. Não disse "Mamãe... Não sentiu um beijo.  Num breve segundo, foi neutralizado com toda a maestria. Com as alvas batas, máscaras de entrudo, técnicas exatas, mãos de especialistas negaram-lhe tudo ( o destino inteiro...)   - porque os abortistas nasceram primeiro.
Saiba que, mesmo o aborto sendo legalizado nos países ricos, não está trazendo benefícios à sociedade. Com a legalização têm-se aumentado a gravidez entre os jovens sem compromisso. As clínicas abortam com até seis meses de gestação. Vemos uma juventude com mais liberdade, mas que se droga mais e se suicida mais.
Unamo-nos, pois, aos Movimentos de Defesa da Vida, porque defender a família é defender a vida desde o ventre materno até a morte natural. Essa responsabilidade pesa sobre todos nós, principalmente sobre os “legisladores, governantes e profissionais da saúde, conscientes da dignidade da vida humana e do fundamento da família em nossos povos, os defendam e protejam dos crimes abomináveis do aborto e da eutanásia” (Documento de Aparecida 436).
E hoje,  mais do que tudo, não deixe que a mentalidade anti-vida, largamente divulgada pela mídia o contamine. Ao contrário: ame, ame muito, ame sempre, e não deixe que a acomodação, o egoísmo, o isolamento, ou a desculpa pela falta de tempo destruam você e a sua família.