sexta-feira, 4 de outubro de 2013

SUA FAMÍLIA, SUA VIDA

SUA FAMÍLIA, SUA VIDA
Cido, Darlene, Dirceu e Laci
                                                        Equipe Base MFC Sagrada Família
        
Por mais que aumentem os problemas familiares, há famílias que vivem bem e comemoram bodas de prata, de ouro e de diamantes. Certamente estas trazem em sua bagagem muitas coisas boas, tais como: amor, respeito, amizade, compreensão, diálogo e muita paciência.  Normalmente os casais que conseguem viver o sacramento do matrimônio por muitos anos, alicerçam sua vida em valores que receberam dos seus pais e da Igreja, independente do credo religioso.
        Pessoas que assumem a família como um  tesouro, zelam com muito cuidado  para que nada destrua os laços familiares e, via de regra, muito contribuem na construção de uma sociedade mais equilibrada. Por mais que se tente mudar a concepção de família, esta continua sendo a célula básica da sociedade, onde somos formados e nos preparamos para o exercício da cidadania. De acordo com o documento Centesimus Annus, n. 39,  “a  família constitui a sede da cultura da vida”, onde são tecidos os princípios elementares do ser humano, desde o andar, o falar, o comer até o difícil aprendizado do amar e ser amado.
         Infelizmente, as novas gerações têm enfrentado muitos desafios porque já crescem recebendo informações contrárias aos valores da família. Os casamentos são apresentados nos meios de comunicação como um negócio que pode ser feito e desfeito a qualquer momento, banalizando a essência do matrimônio que é o compromisso de formação de uma família que, por sua vez, tecerá o imenso tecido social e o futuro de novas gerações.
            Porque temos tantos problemas? Porque muitas famílias não têm tido forças suficientes para superar as dificuldades de relacionamento e não se preocupam com a formação dos filhos que, por falta de amor e de acolhida em sua casa,  buscam nas drogas e nos vícios preencher o vazio da alma. Muitos pais se preocupam em comprar presentes, aparelhos celular, computadores, jogos e filmes até violentos para seus filhos e se esquecem de mostrar o seu amor a eles; de levá-los para a igreja para experimentarem o amor de Deus e buscar um caminho que realmente conduza ao equilíbrio e à p az.
          A educação que muitos pais oferecem hoje aos seus filhos foge totalmente aos princípios de uma educação cristã, pois há uma excessiva preocupação na oferta de bens materiais e  falta muito o diálogo, a brincadeira com os filhos, o bate papo informal, o sentar-se junto e perguntar: filho, como você está? O que você está pensando? O que vamos fazer agora? Falta o abraço demorado, o carinho desinteressado, a partilha de projetos na família. Falta a valorização de cada membro da família. 
         Na medida em que a modernidade vai entrando nas casas, parece que Deus vai sendo expulso. Falta tempo para Deus e para nós mesmos. Você já reparou quanto tempo cada pessoa  de sua casa fica na frente do computador e da televisão? E quanto tempo vocês ficam conversando ou rezando? Trocamos a amizade com nossos familiares e com Deus por supostas relações na internet com pessoas que sequer conhecemos e que muitas vezes causam decepções e problemas. Acompanhamos a separação de muitos casais e a desolação de filhos que, ao perderem a estrutura familiar perdem o que lhes é mais precioso: a presença do pai e da mãe. É urgente investirmos no fortalecimento das famílias como forma de manter a paz nos lares e na sociedade.

         Como canta a banda Anjos de Resgate, a sua família é a sua vida: “Percebe e entende que os melhores amigos/ São aqueles que estão em casa esperando por ti/ Acredita, nos momentos mais difíceis da vida/ Eles sempre estarão por perto/ Pois só sabem te amar/E se por acaso a dor chegar/ Ao teu lado vão estar/ Pra te acolher e te amparar/ Pois não há nada como um lar/ Tua família volta pra ela/ Tua família te ama e te espera/ Para ao teu lado sempre estar/ Tua família!”.

FAMÍLIAS, O MUNDO E O EVANGELHO

FAMÍLIAS,  O MUNDO E O EVANGELHO
Cido, Dirceu, Flávio e Suely.
                                                        Equipe Base MFC Sagrada Família


Quando paramos para refletir sobre as famílias, nos deparamos com mudanças tão aceleradas que nos causam espanto. Há menos de trinta anos, a família era vista como um dos pilares da sociedade na sua constituição de pai, mãe e filhos. Depois começaram a surgir mulheres com barrigas de aluguel, mulheres com produção independente de filhos, inseminações de toda natureza, pais que não assumem seus filhos, famílias formadas por pessoas do mesmo sexo, enfim, uma série de mudanças que têm provocado uma inversão nos valores da família.
Nas décadas de 70 e 80 predominavam brincadeiras coletivas tais como: jogar peteca, andar de bicicleta e de carrinho rolimã, fazer piqueniques na beira dos rios (rios de águas limpas), ouvir música nas radiolas, passear na praça, etc. Formas de lazer que tinham local e horário estabelecido, mas que eram suficientes para que adolescentes e jovens se sentissem felizes. A maioria das famílias tinha um discurso de autoridade que era reforçado pela escola, por meio das aulas de Educação moral e cívica;  Organização social e política do Brasil e Ensino religioso, o que auxiliava na formação de princípios sociais e morais e no respeito na relação entre as pessoas.
Contudo, no prenúncio do novo milênio, uma corrida tecnológica acelerada mostrou a inversão de valores proposta e imposta pelo capitalismo, numa fase que se assemelha à barbárie: o individualismo, a insegurança, o desamor, a incredulidade, a desobediência e um consumismo sem precedentes. Devido a esses fatores, num mundo em que poucos se tornam cada vez mais ricos e muitos cada vez mais pobres, o medo do espaço público está cada vez mais intenso.
Para fugir do perigo das ruas,  estamos confinando e alienando nossos filhos no espaço do lar, numa  super proteção que nós mesmos não concordamos, pois ao ficar em casa, os filhos se limitam aos jogos de vídeo games ( na maioria violentos); aos programas de televisão ( que muitas vezes deseducam); a navegar na internet ( que não conhecemos ao certo seus limites, posto que veicula todo tipo de informação e até incita à violência, à pedofilia, ao uso de drogas, à prostituição,etc),  enfim, acabam ficando expostos a uma cultura de morte e de desamor que gera tanto perigo quanto o de estar na rua.
Numa outra dimensão temos a proposta de uma vida de amor, de harmonia e  de paz, veiculada também pela mídia em vários canais e por várias igrejas com diferentes denominações religiosas. É uma proposta talvez menos atraente, num primeiro momento, mas que gera frutos maravilhosos e duradouros e acima de tudo, as pessoas aprendem a viver em família. E o que é viver em família? Acreditamos que família não é apenas um grupo de pessoas que vivem em determinado espaço, mas um grupo de pessoas que fazem de um espaço um ambiente de partilha, de amor e de amizade, no qual cada um se preocupa com a felicidade do outro.
O saudoso Padre Miguel Ortiz dizia nos casamentos que cada um deve se casar não para ser feliz, mas para fazer o outro feliz e temos testemunhado isso em muitos lares. Talvez o maior problema hoje é que muitas pessoas pensam apenas em si mesmas, em sua felicidade e assim não conseguem nem ser felizes, nem possibilitar que os outros o sejam.
Diz uma parábola chinesa que o céu é como um monte de arroz rodeado por muitas pessoas, cada uma com palitos de dois metros de comprimento. Como percebem que não conseguirão alimentar-se sozinhas, cada uma coloca o arroz na boca de outra pessoa e assim todos ficam saciados. O inferno é também como um monte de arroz rodeado de pessoas famintas, com palitos de dois metros de comprimento, mas numa atitude egoísta, cada uma tenta trazer o arroz para a sua própria boca. O mesmo acontece em muitos lares... Cada um querendo ser feliz do seu jeito, sem respeitar e sem se importar com os outros.

Nós do Movimento Familiar Cristão temos certeza de que o caminho para uma vida tranqüila, com paz e harmonia, só é possível quando vivenciamos os valores do Evangelho e caminhamos em sintonia com Jesus e com as pessoas que nos cercam. É caminhar com os pés no chão e o coração no coração do irmão...