Família:
espaço de convivência e de transmissão da fé
Elisângela, Rosilene e Tatiane
MFC Equipe Base Sagrada Família
Como parte das reflexões
propostas na Semana Nacional da Família,
a CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) tem insistido na família enquanto espaço de
convivência e transmissão da fé. Nesse
sentido, desafia os pais a assumirem
cada vez mais a missão de primeiros e autênticos transmissores e educadores da
fé cristã. Atraídos por Jesus Cristo, somos convocados por Jesus Cristo para anunciar
o Evangelho, com um mandato que é sempre novo, uma nova evangelização,
para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de
comunicar a fé. Na descoberta diária do amor, a família ganha força e vigor no
compromisso missionário, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé na família
cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e comunicada como
experiência de graça e de alegria. A fé torna os membros da família fecundos,
porque alarga o coração com a esperança, abre o coração e a mente dos ouvintes
para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra, a fim de se tornarem
seus discípulos.
Uma
boa convivência familiar capacita a pessoa a respeitar e a gerenciar
seus sentimentos e respeitar os sentimentos dos outros; externar suas idéias e
escutar atentamente as idéias dos outros; valorizar-se e valorizar o
outro; respeitar a vida humana como
valor supremo e colocar-se a serviço do outro; enfim, harmonizar a afetividade e expressar carinho e
ternura nos gestos e palavras. Apesar de parecer difícil, vale a pena tentar;
mesmo que nos custe caminhar na contramão da história, como na fábula do
beija-flor que queria apagar o incêndio na floresta apenas com as gotas que
caiam de suas asas... Ainda que não consigamos a paz no mundo inteiro,
estaremos fazendo a nossa parte... Então, a partir do momento em que assumirmos
a nossa prática na fé e voltarmos a ter atitudes simples, como pedir a bênção,
ir à igreja, fazer orações em família, ler a Palavra de Deus junto com os
filhos e principalmente ter um diálogo pautado no amor, na paz e na compreensão,
certamente poderemos contribuir para que
o mundo seja melhor...
Vale a pena experimentar novamente
a ternura de olhares, de abraços e de sorrisos que nos devolvem a paz e a
harmonia que tanto necessitamos.
Pequenos gestos podem promover grandes mudanças e, muitas vezes, é na
“insignificância do insignificante”, como dizia Walter Benjamin, que
encontramos a razão de nossa existência. Acreditamos que se cada um fizer sua parte, agir como
família, como protagonista de uma história que tenha os valores de mulheres e
de homens acima dos valores do capital; que priorize as pessoas e não as
coisas; que vislumbre uma sociedade mais justa e solidária; que acredite na
família como berço da vida, então teremos uma sociedade diferente, pois precisamos
mudar as pessoas para que as pessoas mudem a sociedade. “Sua família/ volta pra
ela/ sua família/ te ama e te espera/ para ao seu lado sempre estar.../ sua
família”. Pense nisso...