segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SER FAMÍLIA CATÓLICA

SER  FAMÍLIA  CATÓLICA
Laci e Olímpio Alvis
Paróquia Bom pastor
Rondonópolis - MT

Em nosso grupo de casais  estamos refletindo sobre vários aspectos que permeiam as famílias como um todo, e maneira especial, lembramos de uma família espalhada pelo mundo inteiro: a família  Católica. Católica que quer dizer universal,  criada há mais de dois mil anos, fundamentada na própria vontade de Jesus Cristo quando designou a Pedro a missão de solidificar a fé dos cristãos: “Pedro,  tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”(Mateus 16,18). A partir dos apóstolos essa família foi se espalhando por todos os lugares, renovando lideranças, enfrentando desafios, passando por erros e acertos, de forma santa e pecadora, mas com o firme propósito de evangelizar de acordo com os princípios deixados por Jesus. Como toda família, a Igreja Católica também padece com os erros de muitos dos fiéis e de lideranças, mas alicerçada no amor de Deus permanece firme e coesa em seus princípios fundamentais.
        Ao longo de sua história foram milhares os exemplos de fé e de fidelidade na defesa da vida e de modo especial da família. Família que, de acordo com a bíblia foi formada, desde o princípio, por um homem e uma mulher com a finalidade de procriação e de formação de novas famílias, conforme Gênesis 1,27-28: “Deus criou o homem à sua imagem; criou à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”. Desse modo, a vontade de Deus é a formação de famílias constituídas nessa lógica e que possam contribuir para que a humanidade se perpetue.
        Por outro lado, acompanhamos hoje a desestruturação de muitas famílias e a proposta de novas formas de união matrimonial, que apontam em direção oposta aos valores cristãos. Temos o livre arbítrio e somos donos de nossas vontades, no entanto, cabe uma reflexão sobre a direção que se descortina diante das novidades deste século: para onde caminhamos?  O que realmente esperamos construir a partir desses novos valores alicerçados apenas na busca do prazer imediato? Tudo isso contribuirá para a formação de uma sociedade mais equilibrada ou estamos tentado, devargazinho e de forma sutil, tirar Deus dos nossos planos e construir uma proposta de vida que ignora a dimensão espiritual peculiar ao ser humano?  É uma questão séria que depende da postura de cada um,  considerando que somos  responsáveis pelo futuro que estamos construindo agora.
         A família católica com milhões de fiéis em todas as partes da terra, apesar dos diferentes pontos de vista, tem se preocupado em defender a vida, como dizia o papa Bento XVI, desde o nascimento até a morte. O apelo insistente é por uma cultura de vida.  Nesse sentido, a Igreja tem buscado motivar grupos, comunidades, pastorais e serviços no sentido de lutar pelo fortalecimento da família em todas as suas dimensões.
        Nessa perspectiva, ser família católica é, antes de tudo, viver de acordo com os princípios que regiam a vida de Jesus, Maria e José, ou seja, fazer de cada lar um espaço de amor, de fidelidade, de obediência e de partilha.  O desafio é sonhar o sonho de Deus e fazer de nossas vidas um espaço onde o amor possa reinar plenamente de modo a contribuir para a construção de uma sociedade de paz.
       Ser família católica é vivenciar uma cultura de valorização do ser humano, como protagonista de uma história que se inicia no seio da família e se fortalece nos laços de amor, de fé, de carinho e de partilha. É tentar seguir o exemplo da Sagrada Família de Nazaré que, com uma ternura inigualável,  acolheu, vivenciou e partilhou a plenitude do amor de Deus.