quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

FAMILIA, ESPAÇO DE PARTILHA

FAMÍLIA, ESPAÇO DE PARTILHA
Laci Maria Araújo Alves

   Normalmente, quando encontramos uma pessoa conhecida, perguntamos: como está a sua família? E, quase sempre, a resposta é: “vai bem, obrigada”. Mas, será que essa resposta exprime a realidade? Quando paramos para analisar melhor nosso relacionamento familiar, percebemos que deixamos muito a desejar. Nem sempre temos paciência uns com os outros; muitas vezes nos tratamos rispidamente; queremos sempre ter razão e, às vezes, nem ouvimos as opiniões dos outros; preocupamos tanto com os nossos afazeres e com a televisão que quase não temos tempo para o diálogo, para a partilha, para a família. Na maioria das vezes, preocupamos mais com as novelas, com a vida dos artistas, dos amigos, do que com a nossa própria família.
           Certa vez, ouvi um esposo dizer para a esposa: “gostaria que você me tratasse como se eu fosse um dos clientes da loja onde você trabalha, porque lá você trata todos com muita gentileza”. E é isso que muitas vezes acontece: somos educados, pacientes e gentis com muitas pessoas, mas não com nossos familiares; daí tanta discórdia e violência nos lares. Sonhamos com um mundo onde reine a paz, mas esquecemo-nos de que a paz começa dentro de nossa casa, a partir das nossas ações, das nossas palavras e do nosso exemplo. Para ter paz é preciso viver em paz, e isso só é possível quando aprendemos a respeitar os outros e a cultivar o amor em nossa vida.
            Como parte das reflexões propostas pela CNBB aponta a educação cristã como um caminho para se chegar à paz: “uma boa educação capacita a pessoa a respeitar e a gerenciar seus sentimentos e respeitar os sentimentos dos outros; externar suas idéias e escutar atentamente as idéias dos outros; valorizar-se e valorizar o outro;  respeitar a vida humana como valor supremo e colocar-se a serviço do outro; enfim,  harmonizar a afetividade e expressar carinho e ternura nos gestos e palavras”. Apesar de parecer difícil, vale a pena tentar; mesmo que nos custe caminhar na contramão da história, como na fábula do beija-flor que queria apagar o incêndio na floresta apenas com as gotas que caiam de suas asas... Ainda que não consigamos a paz no mundo inteiro, estaremos fazendo a nossa parte...
               Nessa direção, vale lembrar a passagem de duas rãs que caíram num barril de leite. A primeira, extremamente pessimista, vendo-se diante de um desafio tão grande, exclamou: “sei que não adianta fazer nada; morrerei aqui mesmo”. E lentamente afogou-se no leite e morreu. A segunda rã, ao contrário, dizia: “não nasci para morrer num barril de leite; lutarei até o fim”. E começou a bater as patinhas, cada vez mais acreditando que reverteria aquela situação, até que o leite virou manteiga e ela pode saltar, com vida, para fora do barril. Nós também devemos acreditar que é possível ter um mundo melhor, a partir da nossa família, pois por mais que se inovem as teorias sociais, a família continua sendo a “célula básica” da sociedade; a primeira escola que freqüentamos, a fonte da vida e a construtora mais eficiente da paz e da união.
        Acreditemos em nós mesmo, em nossas potencialidades e busquemos em Deus a força necessária para semearmos a paz por onde passarmos, como na oração do XI Congresso Nacional da Pastoral Familiar: “Pai de ternura, Deus da vida e da paz, somos a vossa família, a família do vosso coração. Enchei-nos com o vosso Espírito. Fazei-nos sempre mais fiéis ao vosso filho Jesus e, através de nós, comunicai ao mundo o vosso amor. Com o carinho de Maria, Mãe da família, a vossa e a nossa família será sempre fonte de vida e construtora da paz. Amém”.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

CONHECER UM POUCO MAIS O MFC


MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO

Artigo de James M. Medeiros



MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO


A
proveito o espaço para, em rápidas pinceladas, dizer um pouco do Movimento Familiar Cristão – MFC, tão necessário para o caminhar seguro de quem deseja viver e ser feliz, além de fazer feliz o próximo, nosso irmão, na plenitude do amor de Deus. Diz S. Catarina de Sena: Deus não deu a ninguém todas as qualidades e não deixou ninguém sem qualidade nenhuma. Dessa forma, precisamos uns dos outros.

O Movimento Familiar Cristão nasceu na Argentina e no Uruguai, no final da década de quarenta, sendo a sua criação oficial neste último. Foram seus pioneiros os casais Soneira, Gelsi, Gallinal e o Padre Pedro Richards. No Brasil o Movimento foi criado em julho de 1955, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional, em reunião no Ministério da Educação, com casais brasileiros da Ação Católica, e a participação de casais uruguaios e o Pe. Pedro Richards, por convite do então Padre Helder Câmara. Portanto o nosso MFC no Brasil formou as suas três primeiras equipes de casais em Niterói e Rio de Janeiro. Coube ao casal Jean e Neuza Schwartz e a Frei Lucas Moreira Neves a expansão do novel Movimento de raiz católica, viajando de avião, jeep, ônibus e jegue, criando núcleos pelo Brasil afora.

Depois de criado, logo teve aprovação do Vaticano, do Conselho Episcopal Latino Americano e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, e atualmente existe em todo mundo.

É comprometido na construção de uma sociedade mais justa, que permita às famílias realizarem plenamente suas funções humanizadoras e evangelizadoras, por isso, deseja a elaboração e crescente aprimoramento de uma política social familiar que responda às suas necessidades básicas de educação, saúde, habitação e lazer.

Seu carisma é preparar famílias, casais ou pessoas, de qualquer credo religioso, para o compromisso cristão de construção de um mundo mais justo e solidário no qual todos possam se humanizar e cumprir a sua missão.

Também colabora com a Pastoral Familiar da CNBB, no Brasil e em toda América Latina, com o Conselho Nacional de Leigos, do qual é integrante, e em geral com a pastoral familiar nas Paróquias.

Em um mundo tão atribulado e cheio de desafios temos que caminhar, juntos, no caminho de Jesus, em obediência ao Pai, com amor, fé, esperança e humildade, pois não nos foram dadas todas as qualidades, daí, estarmos a precisar uns dos outros.

Nesse contesto o Movimento Familiar Cristão se apresenta como um dos caminhos a nos conduzir até ao Pai, sabemos que é difícil a escolha, mas será suave o caminhar com os irmãos e com o mesmo objetivo.

Não resta dúvida que viver é caminhar colocando a mochila nas costas a cada amanhecer; seguindo os passos de Jesus. Fazendo ao outro o melhor, sem por isso esperar recompensa, com certeza receberemos dele mais do que lhe damos.

DIVULGADA A RELAÇÃO DAS OFICINAS DO 18 ENA














A Coordenação do 18º ENA – ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO que acontecerá no período de 6 a 12 de julho de 2013, em Vitória da Conquista – Bahia, divulgou a lista de Oficinas que acontecerão durante o evento.

CONFIRA A LISTA DE OFICINAS DISPONÍVEIS

Nucleação e Caminhada dos Jovens;

Vivência e experiência da nucleação no MFC no Brasil;

Religiosidade e espiritualidade;

Resgatando vida – experiência para o tratamento da sobriedade;

Envelhecimento e sexualidade, vivência do tempo e relacionamento afetivo;

Consumismo e sustentabilidade: como trabalhar a preservação do meio ambiente no MFC;

Conjugalidade e parentalidade, desafios para as famílias hoje(marido e mulher, pais e filhos);

Formação nas equipes-base: Reuniões e Temários, Fato e Razão;

Projetos sociais e de formação: como organizar;

Papel dos leigos e leigas na sociedade e na Igreja instituição;

Vivências em grupos para a formação de novas lideranças.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ENA - ENCONTRO NACIONAL DO MFC


Em mais de meio século de vida o Movimento Familiar Cristão do Brasil construiu sua mística e seus carismas e perseguiu seus objetivos a partir da constante busca pela integração das famílias, primeiro reunindo-as em Equipes Base e a partir delas organizando-se numa estrutura que se ramifica por todo o território brasileiro.

A manutenção dessa unidade sempre foi possível não apenas porque a Equipe de Coordenação Nacional, assim como as regionais e estaduais, se reúne regularmente avaliando a caminhada e propondo metas de ação, mas principalmente porque os objetivos são os mesmos para todas as células e famílias que integram o MFC. Desde cedo, os dirigentes do MFC perceberam que uma Equipe Base jamais poderia desenvolver-se isoladamente e que a inter-relação com outras equipes de uma mesma cidade, estado ou país era absolutamente necessária. Perceberam também que os mesmos carismas que integram as famílias numa Equipe Base eram essenciais para integrar o MFC em todos os níveis e, assim, em cada encontro onde mefecistas se reúnem a serviço do próprio MFC ou em quaisquer outras situações, o acolhimento, a fraternidade e as trocas de experiências se fazem necessárias. Por isso, encontros nacionais teriam que ser realizados como forma de se manter a unidade de objetivos e como resposta aos anseios que brotavam das células.

Os Encontros Nacionais realizados com a periodicidade de três anos se constituem em necessidades absolutas para a vida e a existência do MFC, apesar de todas as dificuldades de organização que lhes são inerentes. À parte de todas as demais providências, para as quais se faz necessário a organização de equipes de serviço específicas, o núcleo de um Encontro Nacional é sem dúvida, o desenvolvimento do tema central ao longo do mesmo. Convencionou-se denominar de “Equipe de Metodologia e Conteúdo” a equipe de trabalho responsável pela operacionalização e sistematização do tema escolhido para ser desenvolvido. Uma das etapas desse processo, talvez a mais importante delas, é aquela em que a Equipe deve “ouvir” com atenção, as manifestações das Equipes Base sobre o tema. Esta etapa é chamada de “pré-ENA” porque é a partir dela que o Encontro propriamente dito irá se desenvolver. De um pré-ENA bem elaborado e participado dependem o sucesso ou o fracasso do ENA.
PRÓXIMO ENA

A AGN - Assembléia Geral Nacional do Movimento Familiar Cristão, que aconteceu em Vila Velha (ES), após o 17º ENA – Encontro Nacional do MFC, definiu que a cidade de Vitória da Conquista – Bahia será o local da realização do 18º ENA, previsto para acontecer de 6 a 12 de julho de 2013.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

REFLITA A VIDA AGRADECE


PARE... REFLITA...
A SUA VIDA AGRADECE
 Luci, Léa, Lopes Martins, Tesoro

Não há como negar, o autor da vida é Deus! A concepção, a vida não é produto da sorte, algo que acontece por descuido ou mero acaso, mas é um fenômeno complexo fruto da extrema sabedoria divina: é Deus presente em forma de vida nova; uma certeza de que o Criador ainda não abandonou a sua obra.
Assim como a vida é o bem maior que Deus nos deu, temos que zelar dela e de nosso corpo, gostar da pessoa que somos,  bem como cuidar com igual zelo e amor das pessoas próximas que Deus coloca em nosso caminho, sobretudo os nossos familiares – “amar o próximo como a nós mesmos”.
Temos que cuidar especialmente dos que são mais frágeis: dos idosos, freqüentemente doentes e pouco valorizados; das crianças, seres pequeninos e indefesos; das vidas invisíveis, que ainda se encontram no ventre da mãe e que sofrem ameaças de toda ordem.
De outro lado, precisamos parar e refletir: o que estamos fazendo com a nossa vida e com a vida das pessoas que Ele nos confiou para que dela cuidássemos?
Ainda: como sou e como me comporto em casa? A “quantas anda” minha capacidade de compreensão e tolerância? Eu posso dizer que o egoísmo fala mais alto em mim do que o carinho e a dedicação que deveria reservar aos meus familiares? Será que os membros de minha casa se sentem devidamente acolhidos ou há alguém rejeitado? Qual o tipo de família que estou construindo?Até que ponto o que estou vivendo realmente vale a pena? Que tipo de vida é essa? Os meus planos estão de acordo com o plano de Deus?
Esse tipo de reflexão é sempre oportuna e se faz necessária para o crescimento pessoal e familiar, principalmente na “Semana da Família” (mês de agosto), criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Aqui o grande objetivo é oportunizar a discussão e a formação de uma maior consciência individual do valor da vida e da pessoa, incentivar os relacionamentos dentro e fora de casa e também a aproximação com Deus.
 Sabemos que tal aproximação é de fundamental importância para a construção dos pilares básicos da família: paz, alegria, equilíbrio, segurança, fidelidade, doação, diálogo, união, esperança, caridade, fé, perdão, cura, libertação e salvação. Contudo, no dia a dia da família, muitas vezes, colocamos Deus de lado permitindo a abertura de uma grande brecha por onde o inimigo entra e semeia os seus malefícios: intranqüilidade, brigas, confusão, divisão, ódio, vingança, adultério, mágoas, ressentimentos, vícios, morte... Atenção, é necessário que fiquemos sempre vigilantes; afinal, a felicidade passa pela família!
Aproveitando o ensejo, hoje o Senhor convida você a se consagrar e confiar sua família à família d’Ele, ao mesmo tempo, a Equipe Diocesana da Pastoral Familiar vem refletir e orar com você a partir de a “Oração das Famílias”- artigo encontrado na página eletrônica da Pastoral Familiar da CNBB:   Senhor, abençoa nossas famílias! Abençoa essa fonte geradora de cidadãos conscientes e livres. Abençoa os lares, para que em todos eles reinem a compreensão e a harmonia. Abençoa os pais, para que sejam amor, força e sustento para todos. Abençoa as mães, para que sejam luz, vida e ternura. Abençoa os filhos, afim de que possam crescer honestos, responsáveis e solidários. Abençoa, Senhor, as famílias que sabem partilhar seus bens: casa, alimento, educação e saúde. Abençoa as famílias em crise, para que apostem no diálogo e na união. Abençoa as famílias vizinhas, para que sejam parceiras no convívio e serviço mútuo e fraterno. Abençoa, Senhor nosso Pai, todos nós, para que sejamos irmãos, sem distinção de raça, cor, religião e costumes. Enfim, que a Sagrada Família, Jesus, Maria e José, seja nossa companheira de caminhada nesta terra, para que um dia nos encontremos, todos juntos, na casa que o Pai do Céu nos preparou. Amém”.