MISSÃO
“SER PAI”
Ercílio Edmundo Pereira
Adm Diocese de Rondonópolis
Fico a imaginar, refletir as
dificuldades de ser “pai” nos dias atuais, como é difícil, como dói no fundo do
coração ao depararmos diariamente nos noticiários nacional, estadual e
especialmente em nossa querida Rondonópolis de tanta violência que envolve
nossos filhos?
Para ser pai, é necessário
ser homem verdadeiro pai é aquele que cumpre o papel nos seus mais profundos
sentimentos, e ter atitude, ter pulso firme. É aquele que da atenção ao seu
filho, é viver as fraquezas que depois corrigira nos filhos, aprender a ser
contestado mesmo na auge da lucidez, a experiência só adianta para quem a tem,
e só se tem vivendo, é aprender a tolerância com os diferentes e exercitar a
dura intolerância (mas com compreensão) para com os próprios erros. Ser pai é
aprender errando, a hora de falar e de calar. É compreender sem demostrar e
esperar o tempo de colher ainda que não seja em vida. É ter coragem de ir
adiante, tanto para vida quanto para a morte. É formar sem modelar, ajudar sem
cobrar, ensinar sem impor, sofrer sem contagiar, amar sem receber, é atingir o
máximo da angustia no máximo do silencio.
Pai é crescimento,
exteriorização, honestidade, ação, dias uteis, trabalho, ousadia, o pai ajuda
seus filhos a crescer e evita que a criança ficar cristalizada na barriga da
mãe. Ser pai é sempre diferente, único, novo, irrepetível é insubstituível,
cada filho tem uma personalidade seja menino ou menina, não importa a raça
desse pai, importa que ele ensine seus filhos a aceitar a todos igualmente, como
também não importa a profissão deste ou daquele pai, o importante é gostar do
que se faz, e ser feliz, alegre no que escolher para a sua vida.
Pai é e sempre será aquele
que ao lado do filho consegue descobrir vida, alegria, sintonia, e apreciam
juntos cada descoberta, e assim são como crianças na mesma idade pelo afeto,
pelo carinho, pelo amor, por ser filho e filha, por ser pai, em fim é saber ir
se apagando à medida em que mais nítido se faz a personalidade do filho, sempre
como influencia jamais como imposição, ir colhendo a vitória ao perceber que o
filho a quem tanto dedicou com o passar do tempo não necessita mais dele para
viver.
É ser herói na infância,
exemplo na juventude e amizade na idade adulta, é formar sem modelar, ajudar
sem cobrar, ensinar sem demostrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. É
Ser uma vitrine, um espelho para seu filho.
Enfim é ser Pai de todos os
filhos, inclusive dos que não são nossos, é ser companhia constante, é ser PAI
e MÃE.