quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MISSÃO "SER PAI"

MISSÃO “SER PAI”

Ercílio Edmundo Pereira
Adm Diocese de Rondonópolis

Fico a imaginar, refletir as dificuldades de ser “pai” nos dias atuais, como é difícil, como dói no fundo do coração ao depararmos diariamente nos noticiários nacional, estadual e especialmente em nossa querida Rondonópolis de tanta violência que envolve nossos filhos?
Para ser pai, é necessário ser homem verdadeiro pai é aquele que cumpre o papel nos seus mais profundos sentimentos, e ter atitude, ter pulso firme. É aquele que da atenção ao seu filho, é viver as fraquezas que depois corrigira nos filhos, aprender a ser contestado mesmo na auge da lucidez, a experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo, é aprender a tolerância com os diferentes e exercitar a dura intolerância (mas com compreensão) para com os próprios erros. Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. É compreender sem demostrar e esperar o tempo de colher ainda que não seja em vida. É ter coragem de ir adiante, tanto para vida quanto para a morte. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem impor, sofrer sem contagiar, amar sem receber, é atingir o máximo da angustia no máximo do silencio.

Pai é crescimento, exteriorização, honestidade, ação, dias uteis, trabalho, ousadia, o pai ajuda seus filhos a crescer e evita que a criança ficar cristalizada na barriga da mãe. Ser pai é sempre diferente, único, novo, irrepetível é insubstituível, cada filho tem uma personalidade seja menino ou menina, não importa a raça desse pai, importa que ele ensine seus filhos a aceitar a todos igualmente, como também não importa a profissão deste ou daquele pai, o importante é gostar do que se faz, e ser feliz, alegre no que escolher para a sua vida.

Pai é e sempre será aquele que ao lado do filho consegue descobrir vida, alegria, sintonia, e apreciam juntos cada descoberta, e assim são como crianças na mesma idade pelo afeto, pelo carinho, pelo amor, por ser filho e filha, por ser pai, em fim é saber ir se apagando à medida em que mais nítido se faz a personalidade do filho, sempre como influencia jamais como imposição, ir colhendo a vitória ao perceber que o filho a quem tanto dedicou com o passar do tempo não necessita mais dele para viver.
É ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta, é formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem demostrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. É Ser uma vitrine, um espelho para seu filho.
Enfim é ser Pai de todos os filhos, inclusive dos que não são nossos, é ser companhia constante, é ser PAI e MÃE.