terça-feira, 28 de outubro de 2014

VIVER EM FAMÍLIA

VIVER EM FAMÍLIA

Cairo, Igor, João Gabriel, Luiz Gustavo,
 Matheus, Nathaly, Rafael, Sofia.

Equipe Base MFC Sagrada Família

Nós, crianças e adolescentes da equipe base Sagrada Família, do Movimento Familiar Cristão em Rondonópolis, nos reunimos para discutir sobre nossas famílias por ocasião da Semana Nacional da Família. Constatamos que não existe nada melhor do que viver bem em família. Tudo o que aprendemos de alguma maneira, aprendemos na família. São os nossos pais que nos ensinam a ter respeito, educação, amor ao próximo, etc. Desde o aprender a andar, a falar, a comer, até às coisas mais sublimes como amar, tudo aprendemos com a nossa família. Pena que muitas pessoas não tenham o privilégio de ter uma família equilibrada e por isso vemos tantos problemas em nossa sociedade.
        Percebemos que a família é muito mais importante do que o facebook, o celular e a internet, porque é muito mais gostoso ouvir as histórias que nossos pais nos contam do que as conversas da internet; é muito mais gostoso ganhar um abraço do pai ou da mãe do que ficar na frente do computador. Gostamos mais de lembrar dos passeios que fazemos em família do que das coisas que assistimos na televisão. Outro momento de alegria é quando vemos nossos pais bem e felizes e quando brincam conosco. As brincadeiras em família são melhores do que qualquer outra atividade e  os momentos que brincamos com os pais ficam em nossa memória para sempre. Também quando vamos à missa  e podemos ficar juntos sem preocupação de ir para a escola ou para o trabalho. Sem família, a gente não existiria.
       É muito bom quando podemos ir à fazenda com os familiares; quando ajudamos nossos avós a molhar as plantas; quando temos tempo para brincar com os nossos pais, avós, tios e irmãos. Quando a família está reunida, sentimos que ficamos mais fortes, mais felizes. Percebemos que  nossos pais não gostam que fiquemos no celular ou na internet, para podermos conversar mais com eles. E isso é importante, porque é nessas horas que eles nos ensinam a fazer as tarefas, nos ensinam coisas que nos ajudarão a ser melhores, apesar de às vezes, não entendermos bem. Muitas vezes vemos conflitos nas famílias, porque em muitos lares as pessoas não param para conversar, para rezar e assim vão se desentendendo; cada um passa a viver para si mesmo e não percebe que  viver em família é muito mais fácil: um ajuda o outro e assim se consegue ter paz.
        Os pais são os nossos modelos;  são o exemplo do que devemos ser. Um dia, numa reunião do nosso grupo,  uma colega nossa e seu pai encenaram um teatro em que o pai dizia: “Filha, olhe por onde anda”. E a filha respondeu: “ não se preocupe, papai. Estou apenas seguindo os seus passos”. E assim acreditamos que se os pais souberem  viver no caminho do bem e do amor, os filhos também saberão fazer as melhores escolhas na vida. 

“AFETIVIDADE” EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

“AFETIVIDADE”  EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

 Flávio, Luciana e Olímpio Alvis

                     Equipe MFC Sagrada Família

É muito comum nos dias de hoje  utilizarmos as redes sociais, chats on line, etc, que nos possibilitam a sensação de estarmos perto dos familiares  e amigos que moram distantes de nós. Ficamos felizes por acompanhá-los, falar com eles e senti-los perto, porém, ao mesmo tempo nos distanciamos de quem está ao nosso lado no dia-a-dia, que são os nossos familiares, amigos e parceiros de trabalho. A utilização desenfreada de equipamentos eletrônicos também tem gerado separações, discussões, ressentimentos e desconfianças, pois ao conectar ao facebook, ao whats App, por exemplo, a pessoa fica exposta a todo tipo de imagens  e mensagens, muitas vezes repletas de pornografia, violência e contravalores.
       A utilização de tais equipamentos tem se apresentado como um vício do século XXI, pois até na hora de se alimentar e de dormir, muitos não conseguem se desvencilhar do aparelho celular. Um aparelho tão pequeno e, ao mesmo tempo, com um poder de persuasão tão grande. Até mesmo nos poucos momentos de diálogo, o celular tem o poder de  interromper conversas, de afastar as pessoas mais próximas e, muitas vezes, provocar atritos, especialmente entre os casais. Tem sido comum  encontrar amigos em torno de uma mesa, emudecidos, cada um com o seu celular, e na maioria das vezes, lendo mensagens e recebendo vídeos irônicos que nada acrescentam aos aprendizados da vida. Uma multidão que se cruza sem saber nada dos sentimentos do outro; sem se preocupar com os que caminham ao seu lado e o pior, sem conhecer a si mesmo.
       Essas mesmas mídias que nos conectam virtualmente o tempo inteiro, nos distanciam do olhar, do abraço, do carinho, de sentir a presença do outro com seus problemas e dificuldades, pois nas redes sociais todos estão bem, lindos e contentes. Quando alguém resolve expor seus problemas, via de regra, é ridicularizado e assim se passa a falsa ideia de que tudo está bem. É preciso estar atento às mensagens veiculadas porque a tendência é que fiquemos todos alienados, como aparece na tela símbolo dos aparelhos andróids que mostram as pessoas conectadas, como zumbis, a cumprir ordens de uma sociedade de consumo que visa o lucro e a dominação.
        O fato de muitas pessoas “entrarem de cabeça” neste mundo moderno  tem provocado muitos conflitos, pois deixam passar oportunidades de melhor acompanhar a criação dos filhos, as alegrias e as tristezas de companheiros, as oportunidades de ficar junto sentindo o coração do outro, de abraçar e ser abraçado, de ajudar e ser ajudado, enfim de amar e ser amado.  Nessa corrente consumista falta espaço para a espiritualidade, para a oração, para o afeto. A continuar assim, lembramos a frase de um poeta que em uma de suas composições lança a pergunta: “será que um dia alguém vai nos perguntar: o que era o amor”? Acreditamos que é possível conviver com toda essa tecnologia sem perder a afetividade, mas para isso é necessário cultivar espaços de partilha, de oração em família, de lazer e brincadeiras que nos possibilitem experimentar a graça de Deus em nossos lares e em nossas famílias. Nós do Movimento familiar Cristão temos convicção de que com Deus nossas famílias serão mais felizes. Venha participar conosco...                            

FAMÍLIAS E A CIDADANIA DE JESUS

FAMÍLIAS E A CIDADANIA DE JESUS

 Ilson, Juvanês, Ronaldo e Tatiane.
Equipe MFC Sagrada Família

Atualmente se fala tanto em cidadania, mas se vive tão pouco o respeito com o próximo e o cumprimento dos deveres sociais. Para muitos,  a corrupção passou a ser algo comum e o desrespeito às normas parece ser a regra geral. Essa inversão de valores tem gerado medo, insegurança e uma cultura de morte. Por outro lado, temos milhares de famílias que ainda acreditam na vida em comunidade e cultivam valores como o respeito, a honestidade, a partilha e praticam sua cidadania cumprindo os deveres sociais e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa.
        Famílias que assumem o projeto e o modelo de vida de Jesus que, mesmo sendo Deus, exerceu plenamente  sua cidadania e nos mostrou que é possível ser justo e bom em meio às tentações cotidianas. Quando instigado pelos fariseus, Jesus mostra o caminho a ser seguido: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Jesus cumpriu seus deveres de cidadão sem abrir mão de suas convicções: não se vendeu, não se corrompeu, não mentiu e lutou pela justiça e pelo amor até o fim. Jesus nos ensinou que devemos buscar “o reino de Deus e a sua justiça” e “ajuntar tesouros nos céus onde as traças e a ferrugem não corroem”.
        O nosso compromisso enquanto famílias que sonham com uma sociedade mais feliz deve se basear na justiça, pois assim conseguiremos trilhar pelos caminhos do bem, da concórdia, do respeito, da honestidade nas pequenas e nas grandes coisas. Muitos de nossos pais nos ensinaram que “quem pega uma agulha, pega um agulheiro”, mostrando o respeito que devemos ter para com as coisas alheias e assim nos educando para o exercício da cidadania. É triste perceber que em muitos lares os pais não se preocupam com a educação dos filhos; não se atentam para as coisas e as pessoas que os filhos trazem para dentro de casa e assim acompanhamos uma série de problemas gerados pelo descompromisso na formação dos filhos.
        Os valores do bem e do amor estão ficando escassos nos meios de comunicação social. A maior parte dos programas televisivos e virtuais enaltece o mal, a injustiça, a ironia, a desqualificação, a corrupção, a separação de casais, a destruição das famílias, o que aumenta a nossa responsabilidade na educação para a cidadania. Os valores do bem devem ser construídos a cada dia, a cada gesto, a cada palavra, a cada exemplo. São as pequenas coisas que formam  o caráter e a personalidade de uma pessoa.
         Em uma sociedade que tanto carece de pessoas do bem, Jesus Cristo é o modelo de cidadão que soube viver plenamente o amor ao próximo e defendeu o direito de igualdade para todos. Jesus poderia ter morado em palácios, mas preferiu as periferias; poderia ter ficado ao lado dos ricos, mas preferiu os pobres, os pecadores, os excluídos; poderia ter ditado as leis, mas escolheu viver entre as pessoas, com as pessoas e para as pessoas.  Jesus viveu neste mundo como ser humano, se envolvendo com as causas sociais, se preocupando com as pessoas em suas necessidades  e buscando a justiça em primeiro lugar.  Em respeito à liberdade humana, Jesus não se preocupou em mudar o mundo, mas transformou profundamente a vida das pessoas que nele confiaram. Do mesmo modo, Deus nos confiou essa missão de sermos cidadãos, de vivenciarmos os valores do reino de Deus neste mundo semeando o amor, o respeito, a união, a alegria e a paz por onde passarmos.  

TÃO PERTO E TÃO DISTANTE

     

"TÃO PERTO E TÃO DISTANTE"


Valter, Francislaine e Emiliana.

Equipe MFC Sagrada Família

Você começa a perder o seu filho dentro de casa”. Frase de efeito ou realidade nos dias de hoje? Na maioria dos lares temos um batalhão de aparelhos tecnológicos que, se não usados corretamente, podem criar uma muralha na comunicação. A ausência das brincadeiras coletivas e a substituição por jogos eletrônicos aumenta a distância nos lares, pois pais não brincam mais com os filhos; irmãos não brincam com os irmãos, vizinhos não se conhecem  e assim vão se afastando uns dos outros.
        As brincadeiras de roda, de esconde-esconde, de pular corda, de peteca, de passar anel, de direita vazia, de três marinheiros, de bola de meia, etc, que possibilitavam  proximidade, amizade, espírito de equipe entre as pessoas estão em extinção. Gestos simples que marcavam tanto a vida das pessoas,  hoje estão sendo esquecidos. Gestos como abraçar nossos filhos, olhar nos olhos durante a conversa, sorrir por coisas simples e banais.
     É hora de mudar, trazer as tecnologias para o nosso lado e resgatar as coisas simples da vida. É hora de começar a  selecionar os programas e assistir televisão junto com os filhos, com os pais, com os irmãos. É hora de trocar as longas horas no computador ou no celular por passeios com a família. Em nossa cidade existem parques, horto, ruas arborizadas, quadras de esportes, praças, igrejas, enfim, muitos lugares que podem ser frequentados por toda a família. Que tal voltarmos a fazer passeios semelhantes àqueles que deixaram tantas boas lembranças entre nós?  Fomos criados para a partilha e para o amor e muitas vezes ficamos tristes e depressivos, porque  estamos agindo como máquinas e não como seres humanos. Ficamos isolados, na frente de máquinas que começam a dominar o nosso tempo, os nossos pensamentos e atitudes e isso tem gerado enormes problemas em nossos relacionamentos. Não há como negar a riqueza da tecnologia e os benefícios que nos trazem quando bem utilizados, mas é necessário ter cautela para que possamos utilizar todos os recursos que temos, sem perder a essência do amor e da convivência fraterna. Vamos aproveitar essa semana da família para interagir,  conversar e brincar  mais com a nossa família... Quando a gente ama de verdade, a gente aceita o outro  e organiza tempo para curtir mais a sua companhia. Por ocasião de um acidente aéreo, uma pessoa escreveu no  mural do aeroporto:  “ se eu soubesse que você morreria nesse acidente, teria dedicado mais tempo para você... teria te abraçado mais e te falado do quanto eu te amo”... Aprendamos com os ouriços na época do frio: mesmo sabendo que se machucarão com os espinhos dos outros, se abraçam e assim continuam vivos. Vamos investir mais na qualidade do tempo que temos e construir relações mais humanas, mais fraternas e mais solidárias para que não fiquemos tão pertos e tão distantes...