terça-feira, 28 de outubro de 2014

“AFETIVIDADE” EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

“AFETIVIDADE”  EM TEMPOS DE TECNOLOGIA

 Flávio, Luciana e Olímpio Alvis

                     Equipe MFC Sagrada Família

É muito comum nos dias de hoje  utilizarmos as redes sociais, chats on line, etc, que nos possibilitam a sensação de estarmos perto dos familiares  e amigos que moram distantes de nós. Ficamos felizes por acompanhá-los, falar com eles e senti-los perto, porém, ao mesmo tempo nos distanciamos de quem está ao nosso lado no dia-a-dia, que são os nossos familiares, amigos e parceiros de trabalho. A utilização desenfreada de equipamentos eletrônicos também tem gerado separações, discussões, ressentimentos e desconfianças, pois ao conectar ao facebook, ao whats App, por exemplo, a pessoa fica exposta a todo tipo de imagens  e mensagens, muitas vezes repletas de pornografia, violência e contravalores.
       A utilização de tais equipamentos tem se apresentado como um vício do século XXI, pois até na hora de se alimentar e de dormir, muitos não conseguem se desvencilhar do aparelho celular. Um aparelho tão pequeno e, ao mesmo tempo, com um poder de persuasão tão grande. Até mesmo nos poucos momentos de diálogo, o celular tem o poder de  interromper conversas, de afastar as pessoas mais próximas e, muitas vezes, provocar atritos, especialmente entre os casais. Tem sido comum  encontrar amigos em torno de uma mesa, emudecidos, cada um com o seu celular, e na maioria das vezes, lendo mensagens e recebendo vídeos irônicos que nada acrescentam aos aprendizados da vida. Uma multidão que se cruza sem saber nada dos sentimentos do outro; sem se preocupar com os que caminham ao seu lado e o pior, sem conhecer a si mesmo.
       Essas mesmas mídias que nos conectam virtualmente o tempo inteiro, nos distanciam do olhar, do abraço, do carinho, de sentir a presença do outro com seus problemas e dificuldades, pois nas redes sociais todos estão bem, lindos e contentes. Quando alguém resolve expor seus problemas, via de regra, é ridicularizado e assim se passa a falsa ideia de que tudo está bem. É preciso estar atento às mensagens veiculadas porque a tendência é que fiquemos todos alienados, como aparece na tela símbolo dos aparelhos andróids que mostram as pessoas conectadas, como zumbis, a cumprir ordens de uma sociedade de consumo que visa o lucro e a dominação.
        O fato de muitas pessoas “entrarem de cabeça” neste mundo moderno  tem provocado muitos conflitos, pois deixam passar oportunidades de melhor acompanhar a criação dos filhos, as alegrias e as tristezas de companheiros, as oportunidades de ficar junto sentindo o coração do outro, de abraçar e ser abraçado, de ajudar e ser ajudado, enfim de amar e ser amado.  Nessa corrente consumista falta espaço para a espiritualidade, para a oração, para o afeto. A continuar assim, lembramos a frase de um poeta que em uma de suas composições lança a pergunta: “será que um dia alguém vai nos perguntar: o que era o amor”? Acreditamos que é possível conviver com toda essa tecnologia sem perder a afetividade, mas para isso é necessário cultivar espaços de partilha, de oração em família, de lazer e brincadeiras que nos possibilitem experimentar a graça de Deus em nossos lares e em nossas famílias. Nós do Movimento familiar Cristão temos convicção de que com Deus nossas famílias serão mais felizes. Venha participar conosco...                            

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