“AFETIVIDADE” EM TEMPOS DE TECNOLOGIA
Flávio, Luciana e Olímpio Alvis
Equipe MFC Sagrada Família
É muito comum nos dias de hoje utilizarmos as redes sociais, chats on line, etc, que nos possibilitam
a sensação de estarmos perto dos familiares e amigos que moram distantes de nós. Ficamos felizes
por acompanhá-los, falar com eles e senti-los perto, porém, ao mesmo tempo nos
distanciamos de quem está ao nosso lado no dia-a-dia, que são os nossos
familiares, amigos e parceiros de trabalho. A utilização desenfreada de
equipamentos eletrônicos também tem gerado separações, discussões, ressentimentos
e desconfianças, pois ao conectar ao facebook,
ao whats App, por exemplo, a pessoa
fica exposta a todo tipo de imagens e mensagens, muitas vezes repletas de
pornografia, violência e contravalores.
A utilização de tais equipamentos tem se
apresentado como um vício do século XXI, pois até na hora de se alimentar e de
dormir, muitos não conseguem se desvencilhar do aparelho celular. Um aparelho
tão pequeno e, ao mesmo tempo, com um poder de persuasão tão grande. Até mesmo
nos poucos momentos de diálogo, o celular tem o poder de interromper conversas, de afastar as pessoas
mais próximas e, muitas vezes, provocar atritos, especialmente entre os casais.
Tem sido comum encontrar amigos em torno
de uma mesa, emudecidos, cada um com o seu celular, e na maioria das vezes,
lendo mensagens e recebendo vídeos irônicos que nada acrescentam aos
aprendizados da vida. Uma multidão que se cruza sem saber nada dos sentimentos
do outro; sem se preocupar com os que caminham ao seu lado e o pior, sem
conhecer a si mesmo.
Essas mesmas mídias que nos conectam
virtualmente o tempo inteiro, nos distanciam do olhar, do abraço, do carinho,
de sentir a presença do outro com seus problemas e dificuldades, pois nas redes
sociais todos estão bem, lindos e contentes. Quando alguém resolve expor seus
problemas, via de regra, é ridicularizado e assim se passa a falsa ideia de que
tudo está bem. É preciso estar atento às mensagens veiculadas porque a
tendência é que fiquemos todos alienados, como aparece na tela símbolo dos
aparelhos andróids que mostram as
pessoas conectadas, como zumbis, a cumprir ordens de uma sociedade de consumo
que visa o lucro e a dominação.
O fato de muitas pessoas “entrarem de
cabeça” neste mundo moderno tem
provocado muitos conflitos, pois deixam passar oportunidades de melhor
acompanhar a criação dos filhos, as alegrias e as tristezas de companheiros, as
oportunidades de ficar junto sentindo o coração do outro, de abraçar e ser
abraçado, de ajudar e ser ajudado, enfim de amar e ser amado. Nessa corrente consumista falta espaço para a
espiritualidade, para a oração, para o afeto. A continuar assim, lembramos a
frase de um poeta que em uma de suas composições lança a pergunta: “será que um
dia alguém vai nos perguntar: o que era o amor”? Acreditamos que é possível
conviver com toda essa tecnologia sem perder a afetividade, mas para isso é
necessário cultivar espaços de partilha, de oração em família, de lazer e
brincadeiras que nos possibilitem experimentar a graça de Deus em nossos lares
e em nossas famílias. Nós do Movimento familiar Cristão temos convicção de que
com Deus nossas famílias serão mais felizes. Venha participar conosco...
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