O PODER DO DIÁLOGO NA FAMÍLIA
Cidinho, Elma, Lúcia e Sidney.
Equipe MFC Sagrada Família
Nos dias atuais percebemos muitos
desencontros e discussões nas famílias por falta de comunicação e ainda porque
os meios de comunicação social tem instituído um padrão de isolamento e
intolerância que afeta diretamente as relações interpessoais. Os pais falam de
uma maneira que os filhos não entendem e vice-versa. Os filhos não têm tempo
para ouvir os pais e às vezes, nem para ficar com os pais. Muitas conversas
giram em torno da ironia e da desqualificação. Muitos pais não conseguem organizar seu tempo
para conversar e brincar com os filhos. O mundo virtual passou a ocupar o tempo de
grande parte das pessoas que valorizam mais o celular, o computador, o
notebook, etc, do que as pessoas que os
rodeiam. É comum encontrar pessoas que passam horas “conversando” com outras
pessoas no facebook, mas não têm um minuto para sentar com seus familiares,
ouvi-los, trocar ideias, planejar, sonhar juntos.
Ao acompanhar recentemente os jogos
da Copa é fácil perceber porque muitas famílias estão enfrentando tantas
dificuldades: cada um quer fazer as coisas do seu jeito, no seu tempo, na
sua individualidade e o que ficou
patente é que para vencer é necessário ter um espírito de equipe. Quando
assumimos um projeto coletivo, o diálogo se torna a base para os ajustes. Assim
deveriam ser as nossas famílias. Equipes que dialogam e buscam caminhos para
superar os problemas. Equipes que valorizam o papel de cada um no jogo da vida;
que vê as potencialidades do outro e fica feliz ao ver o crescimento e o
sucesso dos seus pares.
Em uma equipe, há o contato pessoal, o
“olhar nos olhos do outro”, o aconchego e também as discussões, os
desentendimentos, as trocas de experiências e os aprendizados. Que nós possamos
ter diálogo sadio em nossos lares, pois como nos lembra a passagem de
Provérbios 16, 24: “palavras suaves são como
favos de mel: doçura para a alma e tônico para o corpo”. Vale a pena
investir em mais diálogo e oração em nossas famílias, dedicar mais tempo para
ouvir com paciência, para partilhar os sonhos, as alegrias e as tristezas. Ter
tempo para sentir o coração do outro; para rezar juntos, pois como dizia o papa
João Paulo II: “família que reza unida, permanece unida”. Quando conseguimos pautar nossos
relacionamentos em um diálogo tranquilo, muitas dificuldades são superadas e
assim podemos agir como famílias que se sentem protagonistas da história e contribuem
para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna.