segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O VERDADEIRO LAR


 
O lar é muito mais do que uma casa. É algo imponderável que une, protege e forma a familia. Para o lar tanto faz ser um simples rancho de palha, ou o decantado esplendor de uma suntuosa mansão.
Uma casa para se transformar em moradia confiavel deve ser construida conforme as técnicas de engenharia e as condições ambientais. É preciso ter fundamentos sólidos paredes bem aprumadas, janelas e portas bem arejadas telhado armados com segurança.
O lar também. O fandamento do lar é o amor. Não basta saber que o amor é importante. É preciso vivê-lo no dia a dia demostrando respeito aos pais e á familia. Diz o livro do Eclesiástico, 3,3 que: "Quem honra o seu pai, alcança o perdão de seus pecados, e quem honra sua mãe ajunta tesouros... e terá uma vida longa". As paredes do lar são formadas pela união da familia dos pais e filhos, pelo amor solidário e pela vivência fraterna. A argamassa que liga os tijolos do lar é a fraternidade Ela une os membros da familia. O costume de se ajudar um ao outro é a verdadeira virtude. Consiste em adivinhar as necessidades, tentar ajudar, descobrir soluções, curtir horas de lazer, valorizar as conversas, perdoar os erros e orar juntos em familia.
O telhado que protege a casa contra o sol e a chuva, é a fé sobrenatural em Cristo, o Salvador. Casa sem telhado, não é casa. É muro. O lar sem fé, não e lar. É apenas uma hospedaria.
As janelas e portas que deixam entrar a luz, o calor, o ar, a saude e as pessoas, são as virtudes naturais e sobrenaturais. Elas fazem do lar, um lugar gostoso de se viver. Pela prática das virtudes a familia se torna unida, honesta, saudavél, prosperá e feliz. Num lar abençoado cresce o amor, se expande a paz, se vive a fraternidade, se percebe a presença de Deus, desponta a prosperidade e surge a felicidade para todos.

CELIBATO E CASAMENTO


Muitas pessoas tentam estabelecer oposição entre celibato e casamento. É como dizer que goiabada é o contrario de queijo. Falam como se fossem dois mundos opostos duas coisas diferentes, porque os casais praticam sexo e os celibatários não. Um olhar mais atento essas duas consagrações vai nos mostrar que não se trata de dois caminhos contrários e sim paralelos, que  levam ao mesmo céu e a mesma pureza da fé de Cristo. Ele quer no seu Reino os casados e os solteiros, os celibatários por livre escolha e os que pela morte da pessoa amada estão sem alguem.
Na doutrina dos Cristãos, o casamento é mais do que o direito de fazer sexo. É sim, o direito de um homem e uma mulher se fazerem felizes e serem felizes um com o outro. Na certeza de que eles se amam, entregam-se à festa de viverem juntos, mas também a dor de viverem  juntos, porque o casamento tem luz, mas também tem cruz. Por isso o casamento é muito, mas muito mais do que a festa ea entrega dos corpos. Quem ama vai muito além da cama! Nem é preciso ser religioso e católico para entender esta verdade. O amo conjugal é como um rio que corre pelo leito que fez. Erraríamos se esquecêssemos de que o rio é mais do que seu leito. É rio porque está indo para o mare, enquanto vai, enche de vida o campo e a cidade!
Deus criou o desejo, a fome, a sede e a libido no homem e na mulher, porque precisam se abastecer e abatecer a pessoa amada. São avisos da vida. Fome, sede e libido são recados e sinais de que falta alguma coisa no corpo e no sentir de uma pessoa. São impulsos de vida. Não é bom não sentir fome, sede, dor, ou não querer carinho. Não peçamos a Deus que nos tire os instintos ou que seque o rio que passa dentro de nós. Peçamos, sim, que ele nos ensine a canalizá-lo. sabendo o que fazer com a fome, a sede e a libido sua e dos outros, o ser humano estará servindo a Deus. Imagine dois rios nascidos na mesma montanha, servindo o mesmo povo, percorrendo caminho um pouco diferentes, mas indo na mesma direção e desembocando no mesmo estuário. É possivel? Então ore pelos casados e pelos celibatários. Não são caminhos fáceis. Nenhum dos dois. Mas, sabendo caminhar, são dois excelentes meios de chegar ao céu!

Padre Zezinho, scj
Familia Cristã, Pg 44