FAMÍLIA, ÉTICA E CIDADANIA
Dirceu, Elma, Juvanez,
Terezinha e Olímpio.
Grupo
M.F.C. Sagrada Família
Diz um ditado popular que “quem leva
uma agulha pode levar o agulheiro”, ou seja, é nas pequenas coisas que se
revelam outras bem maiores. Atualmente percebemos uma perda gradativa de
valores essenciais da vida, tais como: respeito, credibilidade, ética,
honestidade, etc. que têm influenciado grandemente na desagregação familiar e
no agravamento de problemas sociais.
Nesse processo, os meios de comunicação social e, particularmente, a
internet, tem exercido grande influência na instituição de valores que nem
sempre visam o bem estar das famílias. Muitas novelas, programas de televisão e
programas virtuais tratam com tanta ênfase e naturalidade a separação de
casais, o desrespeito entre pais e filhos, a gravidez precoce, o uso de drogas,
o homossexualismo, a corrupção, etc, que essas distorções passam a ser vistas
como normais e contribuem para a banalização de valores básicos ao ser humano e
à própria vida.
O Papa Bento XVI destaca que a família
constitui “o lugar primário da humanização da pessoa e da sociedade e o berço
da vida e do amor”. Uma criança que se sente amada pelos pais, que possui um
lar equilibrado, que sente paz em seu lar, certamente terá mais chances de ser
um adulto compromissado e responsável, não apenas pela sua família, mas pela
sociedade na qual se encontra inserido. Mesmo antes do aprendizado das
palavras, o ser humano aprende com os gestos e olhares dos pais, com o carinho
recebido, com o exemplo repassado; daí a importância de famílias bem
constituídas, pautadas em valores éticos para a formação de cidadãos
conscientes do seu papel na sociedade.
Há alguns dias, refletimos sobre uma
mensagem que dizia que o Brasil vai mal porque há muitas pessoas que acham que
levar um clips ou uma caneta do local de trabalho para casa é algo normal;
acham que pegar um troco a mais e levar para casa é algo normal; acham que
abusar do que é público, por ser público, é algo normal. Não aprenderam a discernir
entre o público e o privado e lidam com as questões públicas com menosprezo e,
ao mesmo tempo, com desrespeito.
Preocupa-nos a forma como as
novas tecnologias têm trabalhado os modos de pensar sobre os relacionamentos
familiares, sociais, religiosos e culturais, pois dentro da proposta
pós-modernista, os valores centrais da vida começam a ceder espaço às novas
descobertas, a uma busca desenfreada pelo ter, pelo prazer e pelo poder.
Resgatar valores éticos; o tratamento respeitoso entre pais e filhos; viver
mais em comunidade são atitudes indispensáveis para a preservação e a
valorização da família enquanto célula básica da sociedade.
Temos clareza de que uma família não
nasce pronta; ela é construída cotidianamente, e o melhor caminho para se
atingir o equilíbrio é manter a família
alicerçada em valores éticos, morais e religiosos, cultivando o respeito mútuo
e os limites dos deveres e dos direitos de cada um. O que percebemos é uma
inversão do que seja o sentimento denominado de
AMOR.
O que é o amor? Hoje se faz uma interpretação materialista desse
sentimento, baseando-se, muitas vezes, numa relação de troca, o que o tem
distanciado das coisas do espírito, de pequenos gestos que compõem as
necessidades humanas mais elementares, como o abraço gratuito, o carinho
despretensioso, o aperto de mãos...
A falta da educação familiar tem gerado uma série de transtornos que
repercutem negativamente na sociedade: uso excessivo de drogas, prostituição,
violência, abortos, mortes, desesperança. Não podemos perder de vista que a
educação repassada pela família se estenderá pela sociedade. Uma criança ou
jovem que aprende a amar e a respeitar seus semelhantes em seu lar, atuará com
ética na sociedade e exercerá sua cidadania com responsabilidade.
Acreditamos que a família é a
esperança da humanidade; se cada um fizer a sua parte, como o beija-flor que
tentava apagar o incêndio na floresta, teremos uma sociedade mais justa, mais
humana e mais feliz.
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