segunda-feira, 6 de maio de 2013

FAMÍLIA, ÉTICA E CIDADANIA


FAMÍLIA, ÉTICA E CIDADANIA

Dirceu, Elma, Juvanez, Terezinha e Olímpio.
                                                       Grupo M.F.C. Sagrada Família


        Diz um ditado popular que “quem leva uma agulha pode levar o agulheiro”, ou seja, é nas pequenas coisas que se revelam outras bem maiores. Atualmente percebemos uma perda gradativa de valores essenciais da vida, tais como: respeito, credibilidade, ética, honestidade, etc. que têm influenciado grandemente na desagregação familiar e no agravamento de problemas sociais.  Nesse processo, os meios de comunicação social e, particularmente, a internet, tem exercido grande influência na instituição de valores que nem sempre visam o bem estar das famílias. Muitas novelas, programas de televisão e programas virtuais tratam com tanta ênfase e naturalidade a separação de casais, o desrespeito entre pais e filhos, a gravidez precoce, o uso de drogas, o homossexualismo, a corrupção, etc, que essas distorções passam a ser vistas como normais e contribuem para a banalização de valores básicos ao ser humano e à própria vida.  

        O Papa Bento XVI destaca que a família constitui “o lugar primário da humanização da pessoa e da sociedade e o berço da vida e do amor”. Uma criança que se sente amada pelos pais, que possui um lar equilibrado, que sente paz em seu lar, certamente terá mais chances de ser um adulto compromissado e responsável, não apenas pela sua família, mas pela sociedade na qual se encontra inserido. Mesmo antes do aprendizado das palavras, o ser humano aprende com os gestos e olhares dos pais, com o carinho recebido, com o exemplo repassado; daí a importância de famílias bem constituídas, pautadas em valores éticos para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade.
        Há alguns dias, refletimos sobre uma mensagem que dizia que o Brasil vai mal porque há muitas pessoas que acham que levar um clips ou uma caneta do local de trabalho para casa é algo normal; acham que pegar um troco a mais e levar para casa é algo normal; acham que abusar do que é público, por ser público, é algo normal. Não aprenderam a discernir entre o público e o privado e lidam com as questões públicas com menosprezo e, ao mesmo tempo, com desrespeito.
        Preocupa-nos a forma como as novas tecnologias têm trabalhado os modos de pensar sobre os relacionamentos familiares, sociais, religiosos e culturais, pois dentro da proposta pós-modernista, os valores centrais da vida começam a ceder espaço às novas descobertas, a uma busca desenfreada pelo ter, pelo prazer e pelo poder. Resgatar valores éticos; o tratamento respeitoso entre pais e filhos; viver mais em comunidade são atitudes indispensáveis para a preservação e a valorização da família enquanto célula básica da sociedade.
         Temos clareza de que uma família não nasce pronta; ela é construída cotidianamente, e o melhor caminho para se atingir o equilíbrio  é manter a família alicerçada em valores éticos, morais e religiosos, cultivando o respeito mútuo e os limites dos deveres e dos direitos de cada um. O que percebemos é uma inversão do que seja o sentimento denominado de  AMOR.
       O que é o amor? Hoje se faz uma interpretação materialista desse sentimento, baseando-se, muitas vezes, numa relação de troca, o que o tem distanciado das coisas do espírito, de pequenos gestos que compõem as necessidades humanas mais elementares, como o abraço gratuito, o carinho despretensioso, o aperto de mãos... 
       A falta da educação familiar tem gerado uma série de transtornos que repercutem negativamente na sociedade: uso excessivo de drogas, prostituição, violência, abortos, mortes, desesperança. Não podemos perder de vista que a educação repassada pela família se estenderá pela sociedade. Uma criança ou jovem que aprende a amar e a respeitar seus semelhantes em seu lar, atuará com ética na sociedade e exercerá sua cidadania com responsabilidade.
        Acreditamos que a família é a esperança da humanidade; se cada um fizer a sua parte, como o beija-flor que tentava apagar o incêndio na floresta, teremos uma sociedade mais justa, mais humana e mais feliz.
                                                      

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