Família: escola e santuário
da fé
Cido, Fábio e Ronaldo
MFC- Equipe Base Sagrada Famíla
A
família dever ser santuário da vida; local onde as pessoas possam partilhar
suas alegrias e tristezas, seus desafios e conquistas, seus trabalhos e lutas.
No entanto, percebemos que muitas famílias não vão bem porque há muita
competitividade entre seus membros. No lugar da partilha, percebemos uma
corrida na qual cada um quer ser o vencedor. Nesse percurso, muitos pais perdem
a autoridade com seus filhos; perdem a noção de limites e, em muitos casos, os
filhos querem mandar nos pais, o que gera conflitos, violência e até mortes.
Nesse contexto, como transmitir uma fé que seja viva e eficaz? Através da
família unida em oração, com gestos concretos de participação em grupos religiosos,
acolhendo, de forma efetiva e afetiva as
novas gerações em suas dificuldades de acreditar no invisível. É preciso
mostrar especialmente às crianças, adolescentes e jovens a importância de viver em família e em comunidade
de fé, por meio das celebrações, das
missas, dos cultos, dos grupos de
oração, etc., ou seja, em espaços que produzam resultados positivos do bem
viver.
Especialmente
nesse ano em que tivemos a Jornada Mundial da Juventude, somos convidados a
acolher mais os nossos jovens, a fazer com que eles se sintam amados, pois eles
são o futuro do nosso país. Somos também convocados a assumir a condição de
discípulos e discípulas missionários, a
fazer visitas a outras famílias, a levar a palavra de Deus a todas as criaturas
e fazer das nossas famílias verdadeiros santuários da vida humana. Acreditamos
que a família deve ser um lugar onde os filhos possam aprender com os pais e os
pais aprender com os filhos; onde possa reinar a paz, a harmonia e o amor que
Cristo nos ensinou. Somos desafiados a ser testemunhas de fé e de família para nossos filhos, esposo(a), amigos,
parentes, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, enfim, a levarmos o amor a
todos os ambientes.
Neste
século, estamos nos distanciando uns dos outros e esse individualismo imposto
pela cultura do virtualismo, do domínio da máquina sobre muitas pessoas, tem
gerado uma cultura de morte. É preciso recuperar o verdadeiro sentido da vida e
da família; rever a organização familiar como espaço de direitos, deveres e
responsabilidades. É preciso retomar o sentido da família como santuário de fé; como espaço de amor, de
acolhida, de escuta, de aceitação, de perdão. De modo particular, temos em
Rondonópolis vários grupos de casais e
de famílias tanto na Igreja católica quanto em outras igrejas, dentre eles, as
equipes base do M.F.C. (Movimento Familiar Cristão) que
realizam reflexões sobre o papel da família na sociedade por meio de
grupos de convivência compostos de dez a quinze famílias que, quinzenalmente,
se reúnem para refletir sobre suas práticas e, a partir das experiências
partilhadas, melhorar seu relacionamento familiar.
A
proposta é que a família contribua, cada dia mais, na construção de uma sociedade de paz... E família aqui considerada num sentido
abrangente, constituída por pessoas que convivem num mesmo espaço, que
partilham sonhos e dificuldades. O que se propõe é que a paz que tanto
almejamos, seja iniciada em nossos
lares, por meio de pequenos gestos, de palavras de incentivo, de troca de
afetos, de companheirismo, de amor e da presença de Deus. E também é preciso muita oração. A experiência da oração em família é uma das
mais belas atitudes que podemos cultivar, pois “a família que reza unida
permanece unida e irradia luz ao seu redor”( Hora da Família/2004, p. 18).
Precisamos espalhar luz num mundo que insiste em permanecer nas trevas, e só
conseguiremos iluminar os outros se nós também estivermos repletos de amor.
Façamos de nossas famílias santuários de fé para que o mundo possa perceber a
presença de Deus em cada um de nós e assim construirmos relações mais fraternas
e mais solidárias em nossa sociedade.
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