terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pais ausentes, filhos carentes

Pais ausentes, filhos carentes
Geraldo, Lindinalva e Olímpio Alvis
MFC- Equipe Sagrada Família

              
Atualmente, um dos grandes problemas enfrentados pelas famílias é o desencontro entre pais e filhos. É comum encontrar, em grande escala, principalmente nas cidades, lares em desarmonia devido à ausência dos pais. Em muitas famílias os filhos crescem sem orientação, sem afeto, sem formação religiosa, sem acompanhamento escolar, sem limites. Em muitos casos existem pais que nem mesmo se preocupam se o filho se alimentou; com quem saiu;  a que horas chegou; quanto tempo ficou em frente ao computador, ao celular ou à televisão. O resultado desse descaso quase sempre é desastroso, pois o que assistimos todos os dias é um verdadeiro extermínio de jovens como decorrência principalmente do uso e tráfico de drogas. Há um elevado número de jovens no mundo das drogas, da prostituição e da violência, e temos acompanhado casos extremos de violência contra os próprios pais.
  São muitas as causas que provocam destruições entre os jovens, mas acreditamos que a maior delas ainda é a ausência dos pais no que se refere à educação, ao acompanhamento, ao cuidado, aos limites e porque não dizer à falta de amor, pois “quem ama, cuida”. E cuidar exige atitude, postura, limites. Encontramos pais angustiados, com filhos envolvidos no alcoolismo, nas drogas e até na prostituição e com o discurso de que “deu tudo para os filhos  e os filhos jamais poderiam ter feito isso ou aquilo”, mas esquecem  que as coisas materiais jamais preenchem  o “vazio do amor”. Amor no sentido pleno:  “amor-doação” e não “amor-cobrança”; amor que dá a vida pelo outro; que “tudo crê, tudo desculpa, tudo espera, tudo perdoa”, como dizia São Paulo, na Carta aos Coríntios (13, 1-13).  Amor que vence a barreira do “eu” e se coloca na dimensão do “nós”, da família.
    De nada adianta querermos mudar o mundo se não mudarmos nossas atitudes diante dele; se continuarmos a educar nossos filhos para um consumismo desenfreado; se continuarmos oferecendo presentes no lugar de carinho; mesadas no lugar de presença. Como é que os jovens vão lutar por uma sociedade diferente, se não percebem em nosso comportamento nada que os convença? Dom Pedro Casaldáliga, bispo Emérito de São Félix do Araguaia, em  entrevista sobre sua luta contra o latifúndio, dizia: “aprendi com meus pais a ser sóbrio e essa sobriedade me dá forças para lutar contra o consumismo, contra essa lógica do capitalismo”.
     É preciso ousar, mudar, tentar uma reengenharia na família, afinal, é tempo de criatividade. É tempo de espalharmos sementes que possam germinar uma sociedade mais justa e mais solidária, o que, necessariamente passa por uma mudança em nossas famílias. Façamos desta Semana da Família um momento de revisão, de reflexão, de adoção de novas práticas.   E, por falar nisso, você já abraçou alguma pessoa de sua família, hoje?  
                   Acredite na sua família!!!              Lute por ela!!
           

Nenhum comentário:

Postar um comentário