quinta-feira, 13 de junho de 2013

BUSQUEMOS "AS COISAS DO ALTO"


BUSQUEMOS “AS COISAS DO ALTO”

Laci e Olímpio Alvis

 

        Mais uma vez temos a oportunidade de  refletir sobre questões que afetam as famílias e, por extensão, atingem a  sociedade como um todo. A proposta é despertar o gosto pela defesa da família enquanto célula básica do tecido social que a cada dia parece se tornar mais frágil.

       De modo particular, em Rondonópolis-MT, por ocasião da Semana Nacional da Família proposta pela CNBB, várias atividades são realizadas nas paróquias e sempre  acontece  uma Caminhada em favor das famílias, iniciando sempre com a Santa Missa, na praça central da cidade. A exemplo de  anos anteriores a caminhada percorrerá ruas da região central da cidade como forma de mostrar a importância da família na construção de uma sociedade mais equilibrada e harmônica, pois nos últimos anos temos acompanhado uma série de mudanças econômicas e culturais que afetam diretamente as famílias, especialmente no que se refere aos seus princípios elementares. O próprio conceito de família foi alterado e  hoje se apresenta sob diferentes formas e abriga variados pontos de vista e modos de viver.

        O modelo de família que se pautava no respeito, no compromisso e na obediência  hoje é por muitas pessoas criticado  e considerado ultrapassado. Em seu lugar, aumenta a cada dia o número de casamentos que começam e terminam como se fosse apenas um negócio. Famílias que surgem de modo “provisório”, num processo de “ficar junto até quando for possível” e que têm provocado uma constante inversão de valores nos lares. Nesse processo, o excesso de liberdade nas relações e a falta de limites tanto dos filhos em relação aos pais quanto dos pais em relação aos filhos têm gerado angústias, problemas e novos desafios na estrutura familiar.

        A ressignificação de valores à luz das coisas humanas tem intensificado um consumismo que desumaniza e faz com que muitas pessoas, mesmo morando sob um mesmo teto, não se conheçam e vivam em clima de desconfiança, de competição e desrespeito.

        Por outro lado, as famílias que se descobrem à luz de Deus, buscam as “coisas do alto”, como dizia o padre Léo, e por isso são capazes de superar as diferenças, de confiar no projeto de Deus em suas vidas e manter uma relação duradoura, pautada no amor, na obediência e no respeito mútuo. O amor que “tudo crê, tudo perdoa, tudo espera e tudo suporta”(I Cor. 13) é uma experiência maravilhosa que precisa ser reinventada em muitos lares. Faz se necessário redescobrir a alegria do perdão nas relações cotidianas; substituir a competição pela partilha; a cobrança pelo carinho; a discussão pelo diálogo; a solidão pelo abraço; enfim, sair da lógica da competição e assumir a lógica do amor que gera paz e alegria.

         Como anunciava o saudoso papa João Paulo II, “investir na família é construir o futuro”. Não economize elogios, carinho, abraços, declarações de amor aos que você ama, pois é nas pequenas coisas que fortalecemos nossas relações de amor e de amizade e podemos caminhar com mais segurança. Que nós possamos aprender a amar mais, a perdoar mais, a oferecer mais, pois como dizia São Francisco de Assis, “é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna”.

                                              

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