segunda-feira, 15 de abril de 2013

VIVER EM FAMÍLIA


VIVER EM FAMÍLIA

Equipe Base Sagrada Família 

Hoje em dia, devemos reconhecer que muitos pais são ausentes e que por isso seus filhos estão fadados a viver como se fossem órfãos. Filhos que, por sua vez, sentem-se obrigados a entender o mundo e a si mesmos sozinhos. É preciso abrir os olhos, uma vez que a sociedade não é mais do que o desenvolvimento da família. Segundo Lacordaire, se o homem sai corrupto da sua família, corrupto estará na sociedade.
Portanto, a família cumpre com sua missão quando transmite convicções e valores; educa nas virtudes; ensina a pensar, a lutar, a amar, a falar com Deus, e a se defender das influências e agressões externas.
De outro lado, no mundo cresce assustadoramente a violência, especificamente a violência escolar, onde alunos agridem e matam professores e colegas. É fato comprovado que a escalada da violência dos dias atuais está diretamente relacionada com a dissolução da família.
Sobre o aumento da violência nas escolas, especialistas em educação concluem que esta se deve em parte a uma crise de autoridade familiar, onde os pais renunciam a impor disciplina aos filhos, remetendo-a para os professores.
Para o filósofo espanhol Savater, os pais continuam a "não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinar quase exclusivamente para os professores. No entanto, quando os professores tentam ter esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães, que não exerceram anteriormente essa autoridade sobre os filhos, que intentam exercê-la sobre os professores, numa atitude de confronto”.
Com certeza, quem ama realmente seus filhos deveria dizer com mais freqüência a palavra não. Alias o "não" nesse caso, quando dito pela boca de um pai ou uma mãe, deveria ser sinônimo de amor. Sabe-se que o limite é fundamental para o estabelecimento do comportamento de segurança da criança e, conseqüentemente, para formação de um adulto seguro e estável; isto porque é através do limite que os pais deixam claro para as crianças o que elas podem ou não fazer visando sempre o seu bem estar.
Nesse contexto, a palavra de ordem deve ser: cuidemos mais dos nossos filhos. Carlos Roberto Severo vai mais longe, para eledeveríamos ser mais pais e mães e menos seres provedores. Antes de sermos amigos de nossos filhos, somos pais. E pais distinguem-se dos amigos exatamente por um detalhe, é deles a responsabilidade de formar cidadãos para a vida”.
O fato é que hoje as famílias já não são o que eram antes, se resumem a um núcleo restrito, onde os pais passam boa parte do tempo fora de casa, e o único meio que muitas crianças contatam é a televisão, que está sempre em casa. Televisão que faz a apologia à violência, ao descaramento, ao sexo fácil, a competição entre quem "transa" mais rápido com o professor, ou quem beijará mais rapazes e moças no recreio da escola; e o pior de tudo isso, com a conivência de mães e pais que, para se eximirem das conseqüências, limitam-se a colocar alguns preservativos na bolsa dos seus filhos.
Sem falar da presença cada vez maior da Internet em nossos lares que, ao lado da função didática da pesquisa e do conhecimento, se impõe como arma poderosa em favor da pedofilia, da pornografia e do crime organizado.
Assim, hoje e sempre, mesmo lutando contra a maré, se faz necessário que a família seja preservada, pois ela representa o ecossistema natural para a defesa da vida humana e da liberdade. Afinal, os maiores e mais profundos valores humanos são estabelecidos nas relações parentais (pais e filhos), a partir de uma formação embasada em afeto, responsabilidade, diálogo,      perdão e limites.
Não há duvida, defender a família é defender os planos de Deus! Deus ama nossas famílias, apesar de tantas feridas e divisões. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo, de nossas escolas e de nossas vidas.
Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas e que os professores e diretores não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal.
Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar.
Então, foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: “Está bem!”
Então, alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.
Depois outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocou-as à disposição da Internet. E nós dissemos: “Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso”.
Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado; por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...
Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos! Assim, semeie vida e colherá vida; semeie amor e colherá amor. Simples, não é?

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