sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DEUS É PAI

JESUS DE NAZARÉ, resumiu sua proposta como uma "boa nova" para os pobres. Uma "boa nova" deve ser uma coisa boa e nova para os que vão receber o o anúncio, isto é, os pobres. As diversas formas de religião que vimos anteriormente tem em com 3 ideias: a) os pobres são culpados pelo sofrimento deles; b) Deus colocou estes sofrimentos como condição necessária para a salvação; c) por fim, o sofrimento vai continuar e deve ser aceito com "amor e paciência". Convenhamos, esta três ideias não são muito nova e muito menos boas para os pobres. Por isso, a "boa nova" de Jesus para os pobres é diferente.
A grande novidade na pregação de Jesus foi a ideia  de que "Deus é Pai", ou melhor, Deus é papai. Ele se preocupa com seus filhos, principalmente com o sofrimento dos mais pequenos. Assim funciona o coração de quem ama.Uma mãe carinhosa ama de forma igual todos os filhos e, por isso, se preocupa mais com aquele que esta sofrendo mais. Porque ela quer que todos vivam bem. Para  expressar esta nova imagem de Deus, Jesus chamou de papai, São João disse que "Deus é Amor" e o papa João Paulo I nos ensinou que "Deus é Mãe".
Um Deus que é papai não exige sacrifícios e mortes de seus filhos. Ele é misericordioso, capaz de perdoar infinitamente. O seu grande desejo é que os seus  filhos vivam fraternalmente, sem que alguns explorem e matem outros para viver suntuosamente. Ele não pode ficar indiferente ao legitimar uma sociedade em que uma pequena minoria explora uma grande maioria para usufruir de uma vida de extravagancia. Deus não pode ficar indiferente ao sofrimento do trabalhador que planta e não pode comer, daquele que constrói e não tem onde morar. O anuncio do Deus que quer dar condições de vida para os pobres e não os considera culpados da sua miséria é uma grande "boa Nova" para os pobres.

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