VIRTUDES OU VÍCIOS: O QUE PREVALECE
EM NOSSAS FAMÍLIAS?
Aparecido,
Antônio, Elma, Francislaine,
Valter, Laci, Lindinalva e
Cido
Equipe Base MFC Sagrada Família
Virtude é uma palavra que quase não faz
mais parte do nosso vocabulário. Infelizmente, vivemos numa cultura pautada em perceber os erros e as fraquezas e não as virtudes e qualidades
das pessoas. É preocupante a forma como os programas de humor ironizam as falhas
e as fragilidades humanas e acentuam a intolerância, especialmente entre os
jovens.
A adoção de vícios como fuga aos
problemas cotidianos é uma prática cada vez mais presente nas famílias e uma
série de fatores interfere nesse processo, desde questões físicas a desajustes
emocionais e psicológicos.
Ao analisar mais de perto essas
questões, percebemos que um aspecto
parece ser muito forte nesse processo: a solidão, o abandono, a falta de
limites. E porque aumenta tanto o número de viciados em nosso meio? Talvez pelo
abandono e a solidão que muitas pessoas vivem dentro de suas próprias famílias,
porque em muitos lares as pessoas até
ficam juntas, sob o mesmo teto, mas não estão juntas: cada um está isolado em sua própria
televisão; em seu próprio computador; ouvindo as “suas” músicas, enfim, cada um
vai se isolando e inevitavelmente, isso gera solidão e reforça a adoção de
vícios para suprir as lacunas deixadas
pela falta da presença do outro. E mesmo quando a pessoa já se encontra dominada
por um vício, muitas vezes a família não consegue ajudar, porque acha que o
viciado é sempre alguém “sem vergonha”, “irresponsável”, etc.
Como é difícil considerar que o vício
também é construído e, na maioria das vezes se torna uma doença. O alcoolismo, por exemplo, que
afeta tantos lares, quase sempre é visto como fruto da irresponsabilidade, mas
o AA – grupo de Alcóolicos Anônimos mostra que este é uma doença e que precisa
da ajuda de toda a família para ser superado. O mesmo acontece com as drogas e
com tantos outros vícios. Poderíamos nos perguntar: quais vícios estão afetando
as nossas famílias? E perguntar também: porque isso acontece em minha família?
Nós, do MFC- Movimento Familiar
Cristão acreditamos que a família que reza
unida, permanece unida e por isso mesmo nos reunimos periodicamente para
estudar, para buscar forças na Palavra de Deus, para questionar nossas atitudes
e práticas. Um dos questionamentos que sempre fazemos é: como estão sendo as orações em minha família?
Rezamos juntos? Comungamos as mesmas idéias? Partilhamos nossas dificuldades e
alegrias? Valorizamos uns aos outros? Como tratamos nossos filhos? Temos
convicção de que uma família é mais do que um aglomerado de pessoas; é uma
união de pessoas que se amam e que se cuidam. Será que estamos cuidando uns dos
outros? Ou cada um cuida de si mesmo e acaba se sentindo sozinho e abandonado.
Participar de um grupo de convivência é
um caminho para driblar a solidão e para partilhar angústias e sofrimentos que,
via de regra, conduzem às drogas. Diz uma lenda chinesa que quando temos um
problema devemos partilhá-lo com pelo menos
dez pessoas, porque cada vez mais ele vai diminuindo e aumenta o número
de pessoas que poderão nos ajudar a resolvê-lo.
Nós, do MFC- Movimento Familiar
Cristão, temos experimentado isso em
nossas vidas e convidamos você e sua
família a participar conosco de uma das nossas equipes base.
Que
tal dedicar parte do seu tempo para refletir e rezar por sua família? Busque informações na secretaria da paróquia
mais próxima de sua casa e participe conosco da maravilhosa experiência de
fortalecer os laços familiares junto com
outras famílias que acreditam na construção de um mundo mais fraterno a partir de lares edificados no
amor de Deus e em relações de compreensão, solidariedade, amor e partilha.
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